História, perguntado por XxLavyniaxX, 9 meses atrás

Os indígenas machos faziam oq? E as fêmeas?

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Respondido por kaillapimentel35
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Resposta:

Existem várias formas de seduzir alguém. Seja com um olhar, um movimento nos cabelos, um sorriso, um perfume. Esses são alguns dos inúmeros recursos do jogo de sedução utilizados por homens e mulheres. Contudo, não são só os seres humanos que têm a habilidade de seduzir e de se sentirem seduzidos: as aves também têm essa capacidade.

A diversidade de cores, tamanhos de penas e plumas, e cantos das aves machos também servem como instrumentos para seduzir as fêmeas. E, se não bastassem as características físicas, algumas espécies literalmente dançam para conquistar sua parceira. É o caso dos piprídeos, especialmente os tangarás de coroa azul. Eles podem ser encontrados na região neotropical da América Central (norte do México ao norte da Argentina) e na Amazônia brasileira, que abriga 26 das 52 espécies existentes.

Chamados de "aves dançarinas", os piprídeos têm um ciclo reprodutivo bem peculiar. Os machos fazem verdadeiros "galanteios" para conquistar as fêmeas, que decidem qual o melhor.

Essas características dos piprídeos foram alvo de estudos de cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). Eles avaliaram a diversidade genética dessas populações, que residem na mata fechada, por meio da cor das plumas e penas, e cortes pré-nupciais.

Denominado "Diversidade de Piprídeos em Interfluvios da Amazônia Central: interfaces moleculares, comportamentais e ecológicas aplicadas à conservação", o projeto contou com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A pesquisa foi desenvolvida entre novembro de 2006 a novembro de 2009.

Conforme Marina Anciães, coordenadora do projeto, a pesquisa surgiu devido à necessidade de se entender a distribuição geográfica dessa diversidade de espécies. A meta foi verificar quais as áreas prioritárias para preservação e conservação.

Pós-doutora em comportamento animal, ela explicou que os resultados demonstraram que o Rio Japurá, afluente do Solimões, funciona como uma barreira primária na Amazônia. Isto é, ele divide as populações, contrariando teorias anteriores de que o Rio Amazonas era o responsável.

Pé de valsa

A "dança" apresentada pelos tangarás machos às fêmeas chamou a atenção dos pesquisadores durante o trabalho de campo. Anciães destacou que as aves sempre tinham um grupo básico de "passo" ou de "passos", que variava entre as localidades pesquisadas. Todavia, cada população tinha um "passo" característico, como o samba dos brasileiros e o tango dos argentinos.

"Isto ocorre em decorrência da evolução e variações genéticas e, talvez, um pouco de aprendizado. Quem sabe um dia o macho apresentou um passo diferente e a fêmea gostou. O que explicaria a preferência das fêmeas. Nesse caso, por uma novidade que tenha aparecido na população", pontuou.

Além da descoberta de que os rios também delimitam a distribuição de populações da flora, de acordo com Anciães, o levantamento demonstrou a importância da seleção sexual através da preferência de fêmeas, o que levaria às modificações nas variações das danças e penas das aves.

"Pela história evolutiva da Amazônia, sabemos da importância dos rios delineando a distribuição de grupos da fauna, mas isso era pouco estudado em relação aos tangarás", salientou.

O levantamento foi feito em localidades dos municípios de São Gabriel da Cachoeira, Novo Airão e Barcelos (Parque Nacional do Jaú), no Projeto Piagaçu-Purus (na região do Purus), na Reserva Extrativista (Resex), no baixo Juruá, próximo ao município de Tefé, e na margem esquerda do Rio Preto (um dos afluentes do Rio Negro), localizado

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