OS IMPACTOS DA VIOLÊNCIA SOCIAL NA SOCIEDADE BRASILEIRA
O fenômeno da violência social e seus impactos são visíveis, de fato, por uma parte significativa da sociedade brasileira. Mas também, encontramos pessoas sem nenhuma experiência direta com essa violência, mas que, no final das contas, acabam por compartilhar das mesmas angústias e sentimentos de insegurança de quem já foi vítima desse fenômeno. De acordo com Pontes e Dias (p. 5), o efeito cumulativo da violência tende a dominar cada vez mais as vidas das pessoas, que assim reduzem radicalmente as suas expectativas de liberdade e se dispõem a investir em recursos próprios para aquisição de equipamentos, procurando fazer treinamento preventivo, a fim de criar mecanismos que possam proporcionar uma vida mais segura.
“A cidade contemporânea é perigosa, na medida em que a globalização a divide em fragmentos antagônicos, transformando-a em um conflito de forças e interesses” (SANTOS, 2009, p. 242). Dessa forma, o medo social se caracteriza como um fantasma urbano da esfera criminal, onde a população vivencia, de alguma forma, algum tipo de ameaça à vida, saúde e integridade corporal ou liberdade individual no espaço urbano.
A violência nas cidades tem assustado e isolado sua população dentro de suas próprias residências, de acordo com Santos (2009, p. 244-245), em cidades grandes, médias, ou, até mesmo, de pequeno porte, não é preciso ir muito longe para observarmos o grande número de casas com cercas elétricas, portas e janelas com grades de proteção ou até mesmo com placas que identificam empresas de segurança privada que monitoram algumas residências vinte e quatro horas por dia, evitando que estas casas sejam invadidas por pessoas que escolheram a vida do crime como forma de sobrevivência na dinâmica social.
Houve tempos em que as cidades eram vistas como um “bem” para o ser humano. Era um progresso importante para o homem e para o território, por representar o avanço da civilização, o aumento da cultura, a ampliação do mercado, dos bens negociáveis, das oportunidades e muito mais. No entanto, esses tempos se passaram para aqueles que, atualmente, veem a cidade como um espaço de sobrevivência em condições (relativamente) aceitáveis (SANTOS, 2009 p. 246). (Fragmento do artigo: A violência social e seus impactos: uma abordagem acerca dos homicídios no Brasil, de Aruana do Amaral Aleixo, Raiana do Amaral Aleixo, Reidy Rolim de Moura. Fonte: Disponível em:. Acesso em: 3 out. 2017.)
Para que um texto possa ser considerado coeso, ele precisa de várias formas de conexão, isso ocorre por meio de elementos de coesão, conforme você pode perceber nas palavras destacadas acima. Após analisar o contexto em que ocorrem essas palavras, marque a alternativa incorreta em relação a esses elementos coesivos, levando em consideração o contexto acima.
a)O mas também acrescenta a ideia de que parte da população desconhece essa violência social que é posta anteriormente a esse conector, quando explicita que a violência social e suas consequências são visíveis por uma parte significativa da sociedade.
b)O pronome possessivo sua tem a função de retomar a informação “população dentro de suas próprias residências”, dando a ideia de posse em relação à população e o lugar onde elas moram.
c)A expressão esses tempos nos remete a um contexto de retomada de informações, pois o pronome esses tem a função de retomar algo para dar continuidade ao raciocínio, no caso, relaciona-se à ideia de quando as cidades representavam progresso, avanços, aumento de oportunidades... ou seja, algo bom para o crescimento da sociedade.
d)O conector mas tem o papel de opor informações em relação a muitas pessoas que desconhecem a violência social, mas, mesmo assim, acabam compartilhando com o sentimento de insegurança e angústia de outras pessoas que sofreram algum tipo de agressão. Ou seja, o mas estabelece uma conexão que reforça a ideia do envolvimento da grande maioria das pessoas quando se trata de atos de violência, até mesmo os que nunca sentiram isso diretamente.
e)Logo no início do texto temos a expressão desse fenômeno, a qual faz referência a uma informação anterior, retomando o termo fenômeno, que foi mencionado como violência social.
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Alternativa B.
O pronome possessivo "sua" tem a função de retomar a informação “população dentro de suas próprias residências”, dando a ideia de posse em relação à população e o lugar onde elas moram.
Essa alternativa é a INCORRETA, pois o pronome possessivo "sua" retoma o termo "cidade", dando ideia de pertencimento. Ou seja, a ideia é de que a população da cidade tem se isolado em suas próprias residências.
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