“[...] Os idosos em terapia intensiva demandam uma série de reflexões acerca do cuidado a ser prestado, pois para uma assistência adequada devem ser consideradas, além das alterações orgânicas normais, psicológicas e sociais, suas peculiaridades [...]. A hospitalização é um momento de estresse para o indivíduo, em especial para os idosos. O ambiente hospitalar é considerado um local tenso, sombrio, triste e até mesmo desalentado. Os pacientes, familiares, amigos e equipe sentem-se desgastados pelos procedimentos, exames e manipulações. Nas UTIs esses sentimentos são intensificados, pois a internação neste setor evidencia maior gravidade e possibilidade de morte. A assistência humanizada, alcançada pelo cuidado personalizado e relação empática, contribui positivamente para a adaptação do indivíduo na UTI, o que favorece seu equilíbrio físico e emocional [...]. Muitos profissionais possuem a impressão de que idosos têm desempenho ruim quando submetidos à terapia intensiva, sendo a idade um critério para decidir a internação de pacientes e a tomada de conduta. Porém, a idade é um critério impróprio para as tomadas de decisões terapêuticas. Devem-se considerar fatores associados como gravidade da disfunção aguda, as comorbidades e o estado funcional antes da admissão na UTI. A maior mortalidade em UTI em idosos ocorre devido à presença de doenças mais graves e não à idade. O cuidar do paciente idoso é um processo dinâmico que depende da interação e de ações planejadas a partir do conhecimento e do respeito da realidade vivida por este paciente e sua família [...]. Na cooperação dos diferentes saberes partilhados por todos. Leva ao enriquecimento dos profissionais configurado na realização de um cuidado centrado no paciente, interrelacionando os saberes de cada profissão para o alcance do cuidado com qualidade [...]. A equipe de saúde deve realizar aprimoramento profissional relacionado ao conhecimento científico e principalmente à qualidade da assistência com ênfase na humanização, no acolhimento e no cuidado de forma holística. Dessa forma, é essencial que haja a relação sujeito-sujeito na qual o paciente idoso é cuidado como um ser dotado de sentimentos, desejos e aflições; que possui autonomia e uma história de vida agregada a valores, a crenças e a experiências. Outro fator essencial é a comunicação eficiente, utilizando palavras de fácil compreensão. Deve-se buscar a criação de vínculo relacionado ao diálogo, à escuta e atenção para atender às necessidades físicas e não físicas com agilidade para que haja confiança e credibilidade na equipe [...].” Extraído do artigo A integralidade e suas interfaces no cuidado ao idoso em unidade de terapia intensiva. Autoria de Furuya et. al., 2011, publicado na Revista de Enfermagem, v. 19, n 1.
Como defendido no livro didático, é de extrema importância a formação do vínculo de confiança entre os profissionais da saúde, o paciente e seu acompanhante, com o objetivo de assegurar os aspectos psicossocioculturais no cuidado e a adesão ao tratamento.
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