Os gregos antigos foram um povo politeísta, que habitou o sul da Península balcânica e várias áreas do Mediterrâneo e mar Negro. Para eles, como outros povos antigos, as esferas religiosa, política e econômica se misturavam. A divindade mais importante era Zeus. Seu culto estava ligado, inicialmente, ao agrário e ao pastoril, e era realizado em picos de montanhas ou em cavernas. Posteriormente, foi associado às leis, à justiça e ao poder, e passou a ser cultuado, entre outros lugares da cidade grega, na ágora, espaço onde ficavam os prédios públicos e era o centro da vida social nas pólis (as cidades-Estado gregas). Estudo da arqueóloga Lilian de Angelo Laky no Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da USP mostra que a época clássica (séculos 5⁰ a 4⁰ a.C.) foi o grande período de vinculação do culto de Zeus à pólis grega. A pesquisa, pioneira ao unir a análise de santuários dedicados a Zeus e de moedas gregas antigas com imagens dessa divindade, recebeu o Prêmio Tese Destaque 2018 na categoria Ciências Humanas. Segundo a pesquisadora, esses dois materiais históricos, santuários e moedas, trazem um contexto único. Ambos eram produzidos por uma mesma entidade política: as pólis. E revelam muito sobre o mundo grego, ajudando a entender as mudanças do culto a Zeus na Grécia Antiga, além da apropriação e a consolidação da função dessa divindade nas cidades-Estado. O foco principal do estudo foram as épocas arcaica (séculos 7⁰ a 6⁰ a.C.), quando as pólis começaram a ser formadas; e clássica (séculos 5⁰ a 4⁰ a.C.), quando houve a consolidação dessas cidades-Estado. Foram estudados 60 santuários dedicados a Zeus localizados, entre outras regiões do mundo grego, no Peloponeso, na Ilha de Creta, na Sicília e no sul da Itália, além de 375 moedas do mundo grego com imagens de Zeus, águias e raios. “Os gregos antigos eram muito ligados aos fenômenos da natureza e associavam algumas dessas manifestações com as divindades. Se um raio caía num lugar, poderia ser entendido como uma manifestação de Zeus. Já a águia era considerada a ave mais forte, dominadora, e acabou por ser associada a essa divindade”, explica Lilian. Ela lembra que o culto a Zeus, assim como a algumas outras divindades veneradas na Grécia Antiga, é anterior ao mundo grego e existem indícios de que esse deus já era cultuado muito antes, na Idade do Ferro (entre os séculos 12⁰ a 9⁰ a.C.), quando as cidades gregas ainda não existiam.
Fonte: DIAS, Valéria. Moedas e santuários contam histórias do culto a Zeus na Grécia Antiga. Jornal da USP. Disponível em:<https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-humanas/moedas-e-santuarios-contam-historias-do-culto-a-zeus-na-grecia-antiga/> Acesso em: 19 maio 2020.
a) Qual era o principal foco dos estudos?
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b) Qual era a divindade mais importante da Grécia Antiga?
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a)Estudo da arqueóloga Lilian de Angelo Laky no Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da USP mostra que a época clássica (séculos 5⁰ a 4⁰ a.C.) foi o grande período de vinculação do culto de Zeus à pólis grega.a análise de santuários dedicados a Zeus e de moedas gregas antigas com imagens dessa divindade, recebeu o Prêmio Tese Destaque 2018 na categoria Ciências Humanas.
b)Os gregos antigos eram muito ligados aos fenômenos da natureza e associavam algumas dessas manifestações com as divindades. Se um raio caía num lugar, poderia ser entendido como uma manifestação de Zeus. Já a águia era considerada a ave mais forte, dominadora, e acabou por ser associada a essa divindade
Explicação:espero ter ajudado
Resposta: a) O foco principal do estudo foram as épocas arcaica (séculos 7⁰ a 6⁰ a.C.), quando as pólis começaram a ser formadas; e clássica (séculos 5⁰ a 4⁰ a.C.), quando houve a consolidação dessas cidades-Estado.
b) A divindade mais importante era Zeus.