Os fenômenos da linguagem examinavam-se outrora apenas à luz da gramática e da lógica, e já era muito se a análise reconhecia como palavras expletivas ou de realce os termos sobejantes1 unidos à oração ou nela encravados. Hoje que a ciência da linguagem investiga os fatos sem deixar-se pear2 por antigos preconceitos, já não podemos levar essas expressões à conta das superfluidades nem ainda atribuir-lhes papel decorativo, o que seria contrassenso, uma vez que rareiam no discurso eloquente e retórico e se usam a cada instante justamente no falar desataviado de todos os dias. Uma coisa é dirigirmo-nos à coletividade, a pessoas desconhecidas, de condições diversas, e que nos ouvem caladas; outra coisa é tratar com alguém de perto, falar e ouvir, e ajeitar a cada momento a linguagem em atenção a essa pessoa que está diante de nós, para que fique sempre bem impressionada com as nossas palavras.
(ESPM-RJ) — De acordo com o autor:
A) A gramática e a lógica reconheciam outrora a análise das partículas de realce.
B) A gramática e a lógica analisavam apenas os termos sobejantes da oração.
C )A linguagem era iluminada outrora apenas pela análise dos termos de realce.
D) As palavras excedentes encaixadas na oração, classificadas como termos de realce, constituíam, até então, os limites da análise.
E) As palavras expletivas e ilógicas sobravam nas orações de realce, desde que reconhecidas como fenômenos da linguagem.
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Resposta:
D
Explicação:
de acordo com o texto essa alternativa é a que faz mais sentido
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