Os ex-escravos abandonam as fazendas em que labutavam, ganham as estradas à procura de terrenos baldios em que pudessem acampar, para viverem livres como se estivessem nos quilombos, plantando milho e mandioca para comer. Caíram, então, em tal condição de miserabilidade que a população negra se reduziu substancialmente. Menos pela supressão da importação anual de novas massas de escravos para repor o estoque, porque essas já vinham diminuindo há décadas. Muito mais pela terrível miséria a que foram atirados. Não podiam estar em lugar algum, porque, cada vez que acampavam, os fazendeiros vizinhos se organizavam e convocavam forças policiais para expulsá-los.
RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: evolução e sentido do Brasil.
São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p.221.
Comparando-se a linguagem do quadro acima, de Pedro Américo, A Libertação dos Escravos, com o texto de Darcy Ribeiro, percebe-se que
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Letra D: a abolição é apresentada no quadro em atmosfera redentora, ao passo que, no texto, a abolição é problematizada historicamente. abordada dentro de um contexto histórico de muitas dificuldades, lutas, confrontos e de sofrimentos.
A abolição da escravatura ocorreu somente no ano de 1888, um ano antes da Proclamação da República, de modo que os ex-escravos foram basicamente marginalizados e exclusos da sociedade, vindo a viver em condições precárias.
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Resposta:
A abolição é apresentada no quadro em atmosfera redentora ....
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