História, perguntado por thithicampos94, 1 ano atrás

Os europeus fazem uso social da religiosidade dentro do seu próprio contexto

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Respondido por ailtonmoises33ovvbrl
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Ao falarmos de África é bom ter presente que estamos falando de grupos populacionais ou étnicos diferentes, com características sócio‐culturais próprias e com suas próprias línguas, artes e costumes. Também no campo da organização social, fundamentalmente no que    diz    respeito à organização familiar, refletida nos diferentes sistemas de parentesco, a diversidade é marcante.   Algumas destas características e diferenças alteraram‐se ao longo do tempo; outras mantiveram‐se, garantindo assim uma certa continuidade; outras ainda desapareceram ou vão sendo substituídas dentro de uma descontinuidade ligada às dinâmicas impostas pelas condições sócio‐econômicas, as migrações, as guerras, as mudanças históricas e outros eventos que se deram ao longo dos séculos.   Apesar das características semelhantes que possam existir entre os povos africanos fica difícil para o estudioso abarcar, na sua totalidade, a realidade africana. Dada esta complexidade e diversidade, são quase inexistentes os estudos sobre a maioria dos grupos populacionais. No tempo colonial houve um certo interesse em aprofundar os estudos etnográficos e, apesar de estes serem realizados, a partir dos interesses e da perspectiva do colonizador, não deixaram de existir análises equilibradas e corretas da realidade sócio‐cultural. A ausência de documentos dificulta a pesquisa e ao mesmo tempo nos leva a estar continuamente em contato com os mais velhos, os sábios, para poder apreender algo diretamente da tradição oral. Tendo presente toda esta complexidade falaremos sobre 'Tradição' em África a partir da nossa experiência pessoal, daquilo que aprendi a contato com anciãos e anciãs moçambicanos procurando assim ser o mais fiel possível a arte da transmissão oral ainda tão importante para os povos africanos.   Privilegiamos os anciãos porque é através deles e com eles que podemos acolher o que ainda resta da sua cultura e resgatar a VIDA numa sociedade onde a MORTE, o homem máquina e objeto da sociedade constituiram a tônica e o modelo de uma geração, dando lugar ao vazio ético e cultural, ao ponto de se negar o valor sagrado da VIDA.1 Ao resgatarmos alguns aspectos da Tradição quereremos contribuir também para salvaguardar os valores comuns a todos os grupos étnicos africanos  pelos quais eles clamam
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