Os estudos na área da alfabetização que apontam a concepção psicogenética de ensino e aprendizagem da língua escrita, das autoras Emília Ferreiro e Ana Taberosky, apresentam as seguintes características:
I. Nessa concepção, a criança, inicialmente, parte do pressuposto de que este não possui maturidade para aprender a ler e escrever, sendo, portanto, submetido a exercícios de prontidão. Fundamenta o modelo tradicional de alfabetização, concevendo-o enquanto processo de codificação e decodificação da língua escrita, pautada na memorização inicial de sílabas simples (BA, BE, BI, BO, BU) seguidas das sílabas complexas para a formação de palavras.
II. Nessa concepção, a criança é concebida enquanto sujeito que pensa acerca do funcionamento da escrita. Baseada nos pressupostos teóricos da psicologia genética de Jean Piaget, essa concepção não se constitui em um novo método de alfabetização. Tomando como parâmetro a compreensão do processo de aquisição da língua escrita e falada pela criança, a alfabetização passa a ser vista a partir do principio de “como se aprende”, deslocando a atenção para a compreensão de construção do conhecimento realizado pelo aluno.
III. Nessa concepção, a aprendizagem ocorre a partir da interação da criança com a língua escrita, e o sucesso da alfabetização decorre do diagnostico das hipóteses de escrita em que a criança se encontra para propor atividades que sejam adequadas a essas hipóteses. Nesse enfoque, Ferreiro e Teberosky (1999) apresentam uma revolução conceitual ao explicarem a forma como a criança aprende a ler e escrever, ao definirem as fases sucessivas pelas quais a criança passa durante o processo de aquisição da língua escrita.
IV. Nessa concepção, a aprendizagem é resultante das interações sociais, uma vez que estas desempenham papeis determinantes na constituição dos sujeitos, principalmente no que se refere ao desenvolvimento das funções psíquicas do homem, tais como as representações do real, a produção do pensamento e a utilização da linguagem como instrumento do pensamento e como meio de comunicação (REGO, 1995). Está fundamentada nos pressupostos teóricos do materialismo histórico-dialético.
V. Nessa concepção, o aluno e um sujeito ativo, capaz de formular hipóteses, comprovar, categorizar, a partir de experiências que vai realizando na interação com a língua escrita. As contribuições da teoria psicogenética ao processo de ensino e aprendizagem da língua escrita traduzem-se no reconhecimento da criança enquanto sujeito ativo na construção da escrita, bem como na importância dada ao professor quanto ao conhecimento de como o aluno aprende, com vistas à elaboração de situações desafiadoras para a alfabetização da crianças, a fim de desenvolver uma aprendizagem significativa.
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https://mestrado_educacao.catalao.ufg.br/up/549/o/Disserta%C3%A7%C3%A3o_Priscilla.pdf
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ALTERNATIVA B
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