Biologia, perguntado por socorrooooo, 1 ano atrás

os estágios das celulas musculares?
é pra amanha me ajudem!!

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Respondido por andre1backup
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LESÕES MUSCULARES: CLASSIFICAÇÃO E FISIOPATOLOGIA

Antes de descrever a classificação das lesões musculares, é interessante salientar que os músculos biarticulares são geralmente superficiais e apresentam grande velocidade de contração e baixa capacidade de suportar tensão.

São mais propensos a lesão por serem restritores dos movimentos articulares, atravessam duas articulações adjacentes e apresentam predomínio de contração excêntrica, como observado nos músculos ísquiostibiais, reto femoral e gastrocnêmios medial e lateral.

Observamos algumas características, especialmente nos Estiramentos ou Rupturas musculares Estágios I, II e III ou Graus 1, 2 e 3 ou Leve, Moderada e Grave.

Estágio I / Grau 1 / Leve: Representa a lesão de algumas fibras musculares com pequeno edema, acompanhada de nenhuma ou mínima perda de força e restrição de movimento. Não há lesão anatômica.

Estágio II / Grau 2 / Moderada: Ocorre evidente perda da função muscular (habilidade para contrair). É possível palpar-se um pequeno defeito muscular, ou GAP, no sítio da lesão ocorre a formação de hematoma com eventual equimose dentro de dois a três dias. Há lesão anatômica parcial. A cicatrização pode ocorrer entre duas a três semanas.

Estágio III / Grau 3 / Grave: Ocorre uma lesão que se estende por toda a secção transversa do músculo. Dor intensa. A falha na estrutura muscular é evidente e a equimose costuma ser extensa, situando-se muitas vezes distante do local da ruptura. Há lesão anatômica total. A cicatrização pode ocorrer entre quatro e seis semanas.

 

FISIOPATOLOGIA

O sítio mais comum das lesões musculares nos adultos é a junção miotendínea e a maioria das lesões ocorre na fase de contração excêntrica. A lesão causa um desarranjo na estrutura das fibras musculares, desencadeando um processo de morte celular (necrose), inflamação, reparo e fibrose. Um músculo lesado sofre um processo simultâneo de regeneração e de cicatrização.

As células musculares são permanentes e não apresentam capacidade proliferativa, mas existe uma reserva celular na membrana das fibras musculares capazes de proliferação e diferenciação. São chamadas de células-satélites.

A primeira fase após a lesão se inicia com processo inflamatório imediato, com o aparecimento dos sinais e sintomas típicos, como edema, equimose, hematoma, dor, deformidade e limitação de movimento.

 

FASE DE INFLAMAÇÃO / DEGENERAÇÃO:

Após o trauma, a integridade do sarcolema da fibra muscular é rompida, desencadeando um processo de necrose celular. A intensidade do sangramento varia de acordo com a quantidade de fibras lesionadas, a proximidade dos vasos e a gravidade da lesão. Pode manifestar-se por equimose local ou formação de hematoma interfascicular, intramuscular ou subcutâneo. Essa fase dura aproximadamente de 2 a 4 dias após a lesão inicial.

 

FASE DE REGENERAÇÃO CELULAR:

Inicia-se 24 horas após a lesão e caracteriza-se pela expressão dos fatores reguladores miogênicos (Myf 5, Mio D, Sox 15, Pax 7, MNF, Miogenina e MRF 4).

Alguns fatores de crescimento, tais como a IGF-1, regulam a proliferação e a diferenciação celular associadas à ativação de células-satélites, elementos fundamentais no processo de regeneração celular.

As células-satélites são ativadas diferenciando-se em miotúbulos mononucleares dispostos ordenadamente para a regeneração músculo esquelética.

A cicatriz formada é mais frágil e rígida do que o tecido não lesionado. Portanto, o processo de regeneração e de cicatrização tecidual tem demonstrado ser mais prolongado do que inicialmente se acreditava.

 

FASE DE CICATRIZAÇÃO:

Durante esta fase, que dura de 3 a 6 dias, a liberação de TGF – β1 estimula fibroblastos a produzir proteínas e proteoglicanos, promovendo a formação da cicatriz e reparação do tecido lesado. A fibroplasia pode durar de 4 a 6 semanas.

 

FASE DE REMODELAÇÃO:

Esta fase perdura pro 15 a 60 dias e se caracteriza pela maturação do músculo regenerado, contração das fibras de colágeno e reorganização do tecido cicatricial.

Ao final de aproximadamente 3 semanas surge uma cicatriz firme, forte, resistente e pouco vascularizada.

Embora a maioria das lesões musculares por estiramento recidiva com mais frequência na primeira semana, há um risco significante de recidivas algumas semanas após a lesão. Portanto, temos que ter muito cuidado e zelo durante o tratamento fisioterapêutico para que o atleta retorne com segurança às suas atividades desportivas.


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