os escravizados podiam reverenciar suas cabeças aos Reis
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Resposta:
O Brasil foi o país que mais trouxe pessoas escravizadas. Dos 8 milhões de escravos que vieram para as Américas, quase 3,2 milhões vieram para o Brasil”, afirmou o professor, que lembrou ainda as mais de 1 milhão de pessoas mortas na travessia do Oceano Atlântico.
A maior parte da mão de obra escrava chegou ao país na primeira metade do século XIX, para trabalhar, inicialmente, nas lavouras de cana de açúcar e, a partir da década de 1830, nas lavouras de café, conforme destacou professor. O tráfico para a Bahia teve origem majoritariamente a partir da Nigéria, Benin e Togo. Em 1826, o Brasil celebrou acordo com a Inglaterra para pôr fim a escravidão no país.
“Como isso, os traficantes acharam que seus dias de pilhagem estavam contados. Então, houve uma corrida em todo o Brasil para importar mais escravos”, disse o professor, apontando o crescimento dos números de pessoas escravizadas trazidas da África, que saltou de 57.752 em 1826 para 71.733 em 1829 – o que representa um aumento de 42,4%, conforme aponta a base de dados “The Trans-Atlantic Slave Database”.
Na abertura do colóquio, realizada no dia 29/10, no auditório do Instituto de Biologia, João Reis abordou as alforrias e as formas de resistência para os seres humanos escravizados alcançarem a sua liberdade. As alforrias, segundo ele, podiam ser gratuitas ou onerosas, embora a conquista da liberdade demandasse sempre estratégias diversas de resistência por parte dos escravizados. As alforrias podiam ser compradas com moeda corrente, ouro ou pedras preciosas, entre outras possibilidades. Já no caso específico de alforria por substituição, um escravo precisava colocar outro em seu lugar para conseguir a sua liberdade.