Question

Os encontros, inevitáveis num espaço lotado, interferem com o propósito. Precisam ser breves e superficiais: não mais longos nem mais profundos do que o ator os deseja. O lugar é protegido contra aqueles que costumam quebrar essa regra – todo tipo de intrometidos, chatos e outros que poderiam interferir com o maravilhoso isolamento do consumidor ou comprador. O templo do consumo bem-supervisionado, apropriadamente vigiado e guardado é uma ilha de ordem, livre de mendigos, desocupados, assaltantes e traficantes – pelo menos é o que se espera e supõe. As pessoas não vão para esses templos para conversar ou socializar. Levam com elas qualquer companhia de que queiram gozar (ou tolerem), como os caracóis levam suas casas.

BAUMAN, Zygmunt; DENTZIEN, Plínio (Trad.). Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.

O local a que se refere o autor do texto em questão é

(A)
uma festa, porque o autor escreve sobre socialização.

(B)
uma igreja, uma vez que a palavra "templo" é mencionada.

(C)
um banco, pela condição de vigilância apresentada no texto.

(D)
um shopping center, pois o texto faz relação entre esse local e os consumidores.

(E)
um teatro, pois o autor do texto faz uso da palavra "ator".

Answer 1

Através do texto da questão, conseguimos perceber que o local ao qual o autor se refere é um SHOPPING CENTER (LETRA D)

 

Conseguimos perceber no texto, que o autor descreve o local, através das intenções que nele existem, assim como os sentimentos de consumismo que as pessoas que nele vão, sentem.

 

Vemos no segundo parágrafo a expressão "templo do consumo". E assim podemos associar que o termo, não define uma igreja, uma festa, ou um banco, como as outras alternativas falam. A opção que melhor se encaixa nas descrições é a do shopping center.