Administração, perguntado por MROBOCA, 5 meses atrás

Os ditongos EI, OU passaram a ser pronunciados “ê” – em “pêxe”, “chêro”, “bêjo – e “ô” – em “pôco”, “ôro”, “chegô” – por todas as variedades, sendo que a grafia é PEIXE, CHEIRO, BEIJO, POUCO, OURO, CHEGOU. A propósito dessas ocorrências, podemos dizer que são aceitas normalmente por todos e não sofrem nenhum estigma. Isso se explica pelo fato de serem produções de todas as variedades. Algo distinto se passa com a pronúncia “biyet”, “paia”, “teia”, para o que escrevemos BILHETE, PALHA, TELHA. A pronúncia indicada é altamente condenada pelos falantes das variedades prestigiadas, e a consideram “errada”, comparecendo cada vez menos nas interações sociais de seus representantes à medida que mais se escolarizam e mais se apropriam da cultura letrada.



O que define, pois, a forma “errada” é a frequência com que comparece nas variedades. Se passa a ser aceita e bastante utilizada, como a pronúncia “bêjo”, ocorrendo ao longo de todo o continuum das variedades, deixa de ser considerada “erro”. Se, ao contrário, aparece menos nas variedades mais prestigiadas e prevalece nas estigmatizadas – a pronúncia “paia”, por exemplo – há a rejeição e a afirmação do “erro”. Não por questões internas da língua, mas por razões de cunho social, que avaliam o falante por seu poder aquisitivo, grau de escolarização, origem geográfica, estimulando a discriminação.

Soluções para a tarefa

Respondido por targajr
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Resposta:

II, III e IV.

Explicação:

II. O preconceito linguístico decorre de fatores externos à língua, ou seja, das motivações sociais, como poder aquisitivo, grau de escolarização, origem geográfica.

III. A pronúncia “biyet”, “paia”, “teia” para o que escrevemos BILHETE, PALHA, TELHA, se vinculada àquela dos falantes da zona rural ou de baixo poder aquisitivo, é estigmatizada.

IV. Conhecer o funcionamento das variedades linguísticas é uma forma de lutar contra a discriminação dos falantes.

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