Os diferentes tipos de conhecimentos com os quais os seres humanos convivem são formas diferentes de responder às questões, não significando que um seja melhor do que o outro, são somente formas diferentes. Desse modo, a adoção de práticas mais racionais e metódicas para resolver os problemas, em geral, se justifica?
Alternativas:
a)
Certamente, uma vez que isso implica em diminuição de prejuízos, ou em proporcionar melhorias para uma comunidade, por meio da análise de cada situação.
b)
A competitividade exige que se busque o que já deu certo para não errar, portanto, nem sempre isso será possível.
c)
Atualmente as pesquisas científicas em geral devem agir por meio de práticas metódicas, mas somente as de médio e grande porte.
d)
Não necessariamente, uma vez que nem sempre haverá tempo para isso.
e)
O que é razoável e racional hoje poderá não sê-lo amanhã, por isso é melhor não se prender a nenhum comportamento muito metódico.
Soluções para a tarefa
A "Jangada da Medusa" inscreveu o seu autor Géricault na galeria dos grandes artistas franceses do século XIX. A viagem da sofisticada fragata "Medusa" foi interrompida por um erro de navegação cometido por um comandante que não fazia nenhuma viagem marítima há vinte e cinco anos. Numa época em que se exaltava o progresso da humanidade, o naufrágio da "Medusa" evidenciou os instintos mais básicos do Homem.O canibalismo foi a última solução para os poucos sobreviventes vencerem a morte.
Géricault, em busca do reconhecimento artístico, pintou o episódio que culminou numa obra que ultrapassa o Realismo e assume uma grandiosidade sofisticada numa escala monumental. Os 491 por 716 centímetros da "Jangada da Medusa" conduziram a um escândalo político que a corte tentou ofuscar.
O QUADRO
A emotividade do romantismo e o imediatismo do realismo são os pilares da obra prima monumental de Géricault. 491x716 cm são as dimensões finais de um quadro que Géricault queria realista mas que é muito mais a grandiosidade sofisticada numa escala monumental. A "Jangada da Medusa" denunciou um naufrágio e a corrupção do regime mas, o que o pintor pretendia era o reconhecimento. E conseguiu-o, claro está.
O quadro começou por chamar-se "Cena de um Naufrágio". Um título sem importãncia, sem implicações políticas mas que, por isso, teve entrada no Salon de Paris, em 1919. Aí realizavam-se essencialmente exposições com fins políticos mas também artísticos. Os Bourbon haviam regressado ao trono de França, em 1814, com a queda de Napoleão e usavam este salão para demonstrar a prosperidade e a estabilidade da nação depois do regresso ao trono dos seus governantes "legítimos". Assim os critérios de selecção para participar na exposição determinavam que os artistas tivessem de ser pró-regime ou pró-igreja (a grande aliada dos Bourbon) e realizassem obras que enaltecessem o poder vigente. Dois terços dos quadros tratavam cenas da vida dos santos enquanto os restantes prestavam tributo aos monarcas franceses. Curioso é o facto destes artistas, alguns anos antes, terem prestado tributo a Napoleão.
Sem bajulações ao regime, o quadro de Géricault, servia muito mais para tornar presente um escândalo (o naufrágio da "Medusa") que a corte preferia esquecer, embora o pintor não se tivesse norteado por razões políticas. A prova disso é que ficou surpreendido por o rei não ter comprado o quadro e tinha, aliás, outras opções para tema do quadro que nada tinham a ver com política. A obra não foi comprada pelo rei porque os critérios dos críticos foram mais políticos do que artísticos. O objectivo de Géricault era realizar uma pintura em grande escala, com efeito tremendo, que permitisse atingir o reconhecimento