História, perguntado por Tudoflex4727, 9 meses atrás

Os ciganos são obrigados a lidar com os estereótipos de que roubam crianças que não são confiáveis que dançam conta e presente o futuro do que são e vivem em barracos da sua opinião esses tipos contribui para o preconceito preconceito quantas populações ciganos do Brasil justifique?

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Respondido por mysinhasam
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Resposta:

O Brasil teve dois presidentes descendentes de ciganos: Juscelino Kubitschek e Washington Luiz, além de outras personalidades notórias. Essa origem passa despercebida, em geral, porque permeia o imaginário da maioria dos brasileiros outra imagem.

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“Os ciganos são obrigados a lidar com estereótipos de que roubam crianças, de que não são confiáveis, que dançam, cantam e preveem o futuro, de que são itinerantes e vivem em barracas”, relata Mirian Alves de Souza, professora de Antropologia no Instituto de Educação da Universidade Federal Fluminense (UFF).

O desconhecimento de outras facetas dos ciganos deriva da marginalização e do preconceito contra esta população

Embora a itinerância e as condições precárias façam parte da realidade de alguns ciganos, existem muitos outros sedentarizados, ocupando cargos de prestígio e em camadas socioeconômicas privilegiadas. Esse desconhecimento de outras facetas dos ciganos deriva, também, da marginalização deste povo e do preconceito contra eles.

Uma das consequência disso é o apagamento forçado de suas culturas a fim de evitar a discriminação. Isto é, muitos ciganos omitem suas origens para não sofrerem preconceito. E esse processo, por vezes, tem início cedo.

Negação identitária

Mio Vacite é músico e descendente de ciganos iugoslavos e testemunhou muitas dessas omissões da identidade cigana. Na época em que frequentou o Ensino Fundamental, qualquer arte divinatória era considerada contravenção penal, lei que só foi revogada em 1976. Também em decorrência disso, o preconceito permeava a sociedade. E na escola não foi diferente.

“Chamaram a minha mãe de vigarista e me xingaram de cigano, usando tom pejorativo. Eu dei uma ‘bolacha’ no moleque que disse isso, e o coordenador pedagógico me tirou da sala, e nunca perguntou o que tinha me motivado a agir assim. Simplesmente assumiu que eu estava errado”, conta Mio.

Depois deste episódio, a gota d’água de várias outras violências vivenciadas, Mio nunca mais voltou à escola. “Fomos proibidos de falar o idioma e mudamos de bairro para não saberem que éramos ciganos. Tudo para proteger o meu irmão que tinha acabado de entrar na faculdade. Hoje ele é procurador de Justiça, mas como vários outros ciganos, ele não se assume por causa desses traumas”, conta o músico.

A professora Mirian, que pesquisa a educação escolar de ciganos, conta que incidentes como estes não são isolados. Quando há brigas, uma das ameaças é dizer que vai contar para todo mundo que o outro é cigano: “revelar a identidade, para muitos ciganos, é sinônimo de destruir a vida dele.”

Os ciganos brasileiros e a escola

Os ciganos são um grupo muito heterogêneo e, no Brasil, predominam ramificações de três etnias: os Rom ou Roma, provenientes da Romênia, Turquia e Grécia, os Calon, da Espanha e Portugal, e os Sinti, que vieram da Alemanha e da França.

Dos que se declaram ciganos, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) conseguiu mapear 500 mil pessoas vivendo em 291 acampamentos em 21 estados do País.

Em 1993 a Constituição ampliou a garantia de direitos às várias populações brasileiras minoritárias, dentre elas, a cigana. E desde 2007 eles são protegidos pela Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais. Ainda assim, segundo o IBGE, somente 13,7% dos ciganos têm acesso a políticas sociais co

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