os 7 estados brasileiros que não apresentam grande infraestrutura
Soluções para a tarefa
São Paulo – O Centro de Liderança Pública (CLP) divulgou recentemente, em parceria com a consultoria Tendências e a Economist Intelligence Group, a última edição do ranking de competitividade dos estados brasileiros.
São Paulo segue no primeiro lugar mesmo com queda de sua nota de 88,9 pontos em 2016 para 87,8 em 2017.
Santa Catarina subiu uma posição no ranking, ganhando a vice-liderança geral e tirando o lugar do Paraná, hoje no terceiro lugar. O Rio de Janeiro caiu de oitavo para nono (veja a lista completa).
Mas os números gerais escondem as variações enormes em relação ao 66 indicadores analisados nos 10 pilares que formam o índice.
Veja alguns dos estados em destaque:
São Paulo: Infraestrutura, Educação, Inovação e Potencial de Mercado
São Paulo segue na 1ª colocação nestes quatro pilares. Em Educação, há destaque para os indicadores de avaliação da educação e taxa de frequência no ensino fundamental e médio.
No potencial de mercado, São Paulo está bem à frente em tamanho (o que pesa muito), mas ficou apenas em 22º em dinamismo econômico e em 23º em crescimento potencial da força de trabalho.
Em Inovação, São Paulo é 1º lugar nos indicadores de investimentos em P&D, 2º em produção acadêmica e 3º em número de patentes.
Outros não são tão positivos. O estado caiu no pilar de Capital Humano (da 3ª para a 5ª posição) e na Solidez Fiscal, que já era seu ponto fraco, SP caiu 6 posições (da 15ª para a 21ª posição).
Santa Catarina: segurança pública e sustentabilidade social
A conquista da vice-liderança no ranking geral por Santa Catarina tem a ver com melhora em vários pilares, como Solidez Fiscal (de 10º para 7º), Capital Humano (6º para 3º), Infraestrutura (4º para 3º) e Potencial de Mercado (19º para 10º).
O estado só caiu em Sustentabilidade Ambiental, do 9º para o 11º lugar, mas segue líder e com nota máxima em Sustentabilidade Social, que mede a atuação governamental para deixar os indivíduos menos vulneráveis.
Em Segurança Pública, Santa Catarina subiu de 4º para 1º lugar no país puxado por uma melhor segurança no trânsito.
A liderança está relacionada também aos bons resultados em índices como mortes a esclarecer e segurança pessoal.
Ceará e Alagoas: solidez fiscal
A recessão de 2015 e 2016 impactou (e muito) os resultados dos estados do ponto de vista fiscal, tanto pelo impacto em termos de queda da arrecadação quanto pelo aumento do serviço da dívida.
Mas houve melhora forte no Ceará, que ganhou 6 posições neste quesito e conseguiu subir 3 posições no ranking geral.
Já Alagoas foi os segundo melhor estado neste pilar e conseguiu subir três posições no ranking geral após ficar em último no ano passado.
“Esses Estados apresentam, no conjunto, um bom equilíbrio dentre os 6 indicadores do pilar de sustentabilidade fiscal: apesar de terem um nível de endividamento entre médio a alto, estão entre os Estados que apresentam resultados primário e nominal positivos, ao mesmo tempo em que apresentam bom nível de execução orçamentária e de investimento, apesar de serem Estados relativamente dependentes financeiramente”, avalia o relatório.
Paraná: infraestrutura (2º lugar)
São Paulo é o líder nacional em Infraestrutura, mas vale destacar a melhora do Paraná, que pulou da 5ª para a 2ª posição neste pilar no espaço de um ano.
O relatório destaca pontos positivos do estado na área como custo de combustíveis e qualidade do serviço de telecomunicações.
Rio Grande do Sul: eficiência da máquina pública
O RS se destaca pelo baixo custo dos poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) em relação ao PIB, além de baixa participação de servidores comissionados no total.
“Os desempenhos mais fortes dos Estados do Sul e Sudeste sugerem que, apesar do maior tamanho de suas economias, não houve uma explosão no tamanho e custo dos serviços públicos. Em outras palavras, nesses Estados parece haver certo equilíbrio entre os recursos econômicos – que geram receitas aos governos – e os custos de manutenção do governo”, diz o relatório.
Distrito Federal: capital humano e sustentabilidade ambiental
Assim como o Rio de Janeiro, o Distrito Federal tem bons desempenhos nos indicadores de produtividade do trabalho, qualificação dos trabalhadores e proporção de trabalhadores com ensino superior, mas fica em último no quesito custo de mão de obra.
Em sustentabilidade ambiental, o que garante a boa posição do DF é a liderança nos indicadores de serviços urbanos, tratamento de esgoto e destinação de lixo, onde ganhou 7 posições em um ano.