Os 130 anos da abolição da escravidão no Brasil se prestam pouco à celebração e ao orgulho nacional. Não há por que festejar o fato de termos sido a última nação do Ocidente a extinguir esse perverso sistema mercantil, sustentado à custa de milhões de africanos e africanas que foram arrancados de suas nações.
[...]
Para ex-escravizados e ex-escravizadas, libertas e libertos, negras e negros livres que lutaram ativamente para que esse processo chegasse a termo, sobrou a dura realidade da falta de vontade política. Não se alteram realidades enraizadas só com medidas formais. O Brasil e os brasileiros não haviam mudado. A escravidão perduraria não mais na Constituição, mas no cotidiano da República.
Sem contar com projetos que previssem a inclusão social, com a vigência dos determinismos raciais que criaram novas formas de discriminação e com a introdução de certa ideologia do silenciamento sobre o passado escravocrata, a jovem República brasileira nasceu alardeando modernidade, mas não fez praticamente nada no sentido de dirimir diferenças, oferecer oportunidades ou buscar formas de construir uma sociedade mais justa.
Por que a autora afirma que “os 130 anos da abolição da escravidão no Brasil se prestam pouco a celebração e ao orgulho nacional”?
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Porque apesar de terem sido legalmente libertados da escravidão, os escravos negros e seus descendentes continuaram e ainda continuam escravos da negligência do sistema, o qual em 131 anos, ou seja, em mais de um século, fez pouco ou praticamente nada pelos escravos e seus descendentes
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