Oque explica as posições marginais de alguns países em relação ao comércio mundial?
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Resposta:
O artigo tem como objetivo analisar a importância conferida aos ramos industriais de alta tecnologia no processo de crescimento econômico, em sua relação com o comércio internacional. Em linhas gerais, há dois modos opostos de relacionar crescimento econômico e especialização produtiva e comercial. De um lado, a tradição liberal utiliza diversos argumentos e instrumentos analíticos para alcançar uma mesma conclusão: que o livre-comércio induz agentes econômicos a alocar recursos de modo a especializar países de acordo com perfis de eficiência produtiva desiguais mas complementares, levando-os a maximizar a riqueza das nações (ou o benefício dos consumidores), dados os recursos e capacitações existentes.
De outro lado, autores de diversas tradições antiliberais alegam que a existência de especializações produtivas diferenciadas tende a provocar interações comerciais assimétricas, com efeito desigual sobre a capacidade de geração de riqueza e acumulação de capacitações produtivas entre os países. Por isso, políticas de Esta do vieram e devem vir a influenciar a alocação de investimentos de modo a buscar modificar a especialização produtiva e comercial legada por recursos e capacitações preexistentes. Neste sentido, as políticas vieram e devem especialmente buscar desenvolver ramos industriais de alta tecnologia, ou pelo menos elevar o grau de intensidade tecnológica da especialização produtiva nacional, propiciando ganhos de produtividade e competitividade que não resultariam espontaneamente do livre-comércio.
O primeiro item, a seguir, discute argumentos típicos da tradição liberal. O segundo item aborda argumentos institucionalistas e evolucionistas que criticam teoricamente e procuram refutar empiricamente o liberalismo econômico, e o último item faz considerações finais.