Filosofia, perguntado por Inaramaria2006, 8 meses atrás

Oque é justiça individual?

Pfvr eu tô sem entender, já tentei mas não sei.

Gente é a individual!​

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Respondido por michelly680467
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Resposta:Dizem por aí que Justiça é uma palavra oriunda do latim, proveniente de Iustitia, deusa romana que personificava a virtude da imparcialidade “julgamentar” e dos direitos iguais. Dizem por aí também que ela era cega (ditado popular que eu dito agora ser um dito popular), apenas por sempre aparecer vendada nas exposições de Direito (jus) e ainda que, certo dia ela tropeçou na prudentia, que era algo como o equilíbrio entre o concreto (a prática real) e o abstrato (o ideal) para os romanos. E dizem mais: dia 8 de janeiro é o dia dela, então acenda um incenso de lavanda para ter sempre a justiça a seu favor. Bom, é o que dizem.

Dizem por aí que justiça diz respeito à igualdade de todos os cidadãos, e que é o princípio básico de um acordo que tem por objetivo manter a ordem social através da preservação dos direitos com bases na constitucionalidade de leis e do litígio, que é a aplicação destas leis em casos específicos. Mas isso são os estudantes de direito que dizem.

Dizem por aí que a justiça tarda mas chega, mas os que dizem isso na maioria são relojoeiros que tomaram um golpe financeiro qualquer e já passam dos setenta anos. Com tantas pessoas dizendo tantas coisas, hei de perguntar o que os primeiros pensadores (no caso, os que se denominam pensadores) disseram a respeito. Dei uma lida na República, para assim poder afinal dizer que li Platão alguma vez na vida, e deparei-me com algo que me soa diferente.

A justiça para ele é definida como a relação harmoniosa das três virtudes fundamentais que devem regular a alma: a coragem, a sabedoria e a temperança. Sendo assim, a justiça é a justa medida, sem mais nem menos e sem ordem referente, onde a temperança representa a sensibilidade regulamentada segundo a justiça, a coragem seria a justiça do arbítrio (da vontade) e a sabedoria como a justiça do espírito. Portanto, para Platão, quando prevalecem essas três virtudes, temos um homem justo, ou virtuoso. Platão explica também que a virtude não é uma ciência, virtude não é posse de um virtuoso, mas que se trata de uma dádiva divina.

Mas, se Platão já buscava a verdade, a virtude, a justiça, a vontade ou qualquer outro resquício da doce essência que uma sociedade pode tornar-se ou que um indivíduo possa vir a aprender e compartilhar, que diabos acontece com a realidade das instituições sociais que se acham no direito de penalizar um sujeito pela busca, e por que há tanta reclamação justa justamente sobre a injustiça da justiça?

Em síntese, posso afirmar da mesma maneira que Platão relacionava justiça à bem comum, àquilo que é bom, que quando ouço dizer que uma lei não é justa, entendo que a mesma não atende aos anseios da sociedade, e claramente tenho para mim que ela foi concebida contra a vontade do povo. Sendo assim, atenderia ela ao bem comum?

Igualmente, quando me dizem que uma decisão judicial é injusta, o que me revelam são anseios individuais de uma parte da sociedade, que esperavam que os que têm como missão “promover justiça” fizessem sua parte. Obviamente, neste sistema que vivemos, me é negado o direito de agir contra a justiça e me é dito que se eu não praticar tal bem comum ou não agir de acordo com o código moral, serei submetido à uma pena determinada, criada para estes casos, como roupa encomendada para a costureira.

Então, estou eu submetido à leis e valorações que impedem meu ser de ser, de atingir a plenitude, o ápice do meu bem estar, para ser prudente e ter bom senso em não me opor a justiça injusta? É, é isso que meu advogado me diz, a não ser que eu acenda alguns quilos de incenso de lavanda, minha unica chance…

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