Filosofia, perguntado por juliaavlis2020, 6 meses atrás

oq é consenso social na visão de max weber

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Respondido por doispause
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Resposta:

Se há três obras que se possam reputar indispensáveis ao estudante de ciências sociais, são elas: As Regras do Método Sociológico, de DURKHEIM; a Contribuição à Critica da Economia Política, de MARX, e a Metodologia das Ciências Sociais, de MAX WEBER.1 São-no porque encerram as três soluções básicas do problema do conhecimento em ciências da sociedade: a corrente positivista, a dialética e o idealismo, e, como a questão de método está, como sempre esteve em aberto no campo humanístico, sendo ingenuidade ignorá-la, torna-se necessário o entendimento claro dos postulados epistemológicos e das implicações lógicas de cada corrente, como lastro mínimo para um trabalho que se pretenda explicativo.

Mas tanto quanto necessárias, tais obras são de difícil acesso ao iniciante em ciências humanas, tamanha a sua profundidade filosófica, donde a necessidade de didatizações que, sem cair na discussão de aspectos muito particulares ou na interpretação pessoal, ou ainda na mera reprodução das conclusões substantivas de cada mestre, forneçam uma visão clara e integrada das várias, por assim dizer, teorias sociológicas.

Sociologia de Max Weber somente a isso se pretende. Nas palavras do autor, o objetivo do livro "é expor, o mais claramente possível, o pensamento sociológico de WEBER", evitando cair na interpretação pessoal. Se bem que esse intento de objetividade completa possa ser questionado nos próprios termos da teoria idealista de WEBER, passemos ao conteúdo da obra.

É possível uma ciência do homem, à semelhança das ciências da natureza? Isto é, pode-se conceber o processo histórico como um objeto, externo e independente do sujeito que conhece, e regulado por leis inerentes? É possível, em conseqüência, que fazer ciência seja simplesmente descobrir as leis de transformação a que a sociedade está sujeita, de modo a produzir um conhecimento válido ad eternum e indiscutível? Para WEBER, não.

Muito ao contrário, não há nenhum sentido imanente na História, como sustentavam MARX, COMTE ou SPENCER, por exemplo. Não há processo algum que se tenha imposto como necessário às personagens e grupos envolvidos. Se tal ou qual ocorreu foi porque homens, livres e portadores de vontade, sustentaram fins ou valores e empreenderam ações determinadas. Não cabe à ciência discutir se esse fins ou valores decorriam da situação social dos agentes envolvidos (premissa básica da sociologia do conhecimento), pois nada há que determine a vontade humana. Essa concepção de que os homens fazem história, mas não limitados por condições

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