opinião sobre a fome mundial ME AJUDEEEEE!!!!!!!!!
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Resposta:
Uma alimentação condigna é um direito fundamental de qualquer ser humano. Contudo, os sistemas alimentares ditos modernos, com os seus desequilíbrios e paradoxos, apresentam um quadro pouco condicente com esse ideal.
As estatísticas revelam que a disponibilidade de alimentos não para de aumentar. Todos os anos são alcançados novos recordes de produção e produtividade. Mas os números relativos à incidência da fome e à malnutrição continuam alarmantes, denotando que os mecanismos de distribuição e partilha estão muito longe do desejável.
Também cresce de forma assustadora a quantidade de comida que é desperdiçada ao longo da cadeia de valor dos alimentos, que vai desde a produção primária até ao consumidor final, nas mais variadas realidades socioeconómicas e geográficas. De acordo com estudos recentes conduzidos pela FAO, estima-se que sejam desperdiçados anualmente cerca de 1,3 mil milhões de toneladas de alimentos no mundo. A comida que falta a uns é desperdiçada ou jogada no caixote de lixo por outros.
Relativamente à fome, o último documento sobre o estado de segurança alimentar no mundo refere que existem cerca de 795 milhões de pessoas que passam fome. Um número maior, dois mil milhões, sofre de deficiências nutritivas graves (incluindo vitaminas, minerais, ácidos gordos essenciais, aminoácidos etc.). Mais preocupante ainda é o facto de cerca de 3,5 milhões de crianças morrerem anualmente de fome e doenças relacionadas com a malnutrição.
Para se ter uma ideia mais realista da complexidade da problemática da fome, importa referir que mesmo os países mais desenvolvidos não estão totalmente livres do problema. Alguns têm perto de 5% da sua população afetada. Mas é nos países em desenvolvimento, onde vive a maioria das pessoas que passam fome, cerca de 780 milhões, que se concentram as maiores preocupações.
A África subsariana, com 220 milhões de famintos, é a região que mais preocupa. Não apenas porque esse número representa 23,2% da população, mas também porque é a única região do mundo que menos avançou nos esforços para a erradicação da fome. Segue-se o Sul da Ásia com 281 milhões de afetados (15,7% da população) e a Ásia Oriental com 145 milhões (9,6% da população).
No quadro de múltiplos esforços (incluindo os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio - ODM), os países em desenvolvimento, no geral, conseguiram reduzir os índices de malnutrição em cerca de 44,4% desde 1990-92, tendo atualmente cerca de 12,9%. Analisando o desempenho de 129 países monitorados, conclui-se que cerca de 72 cumpriram a meta de reduzir para metade a incidência da fome.
Olhando para estes factos numa perspetiva mais global, cresce a consciência de que é possível erradicar a fome da face da Terra. Essa fé resulta não apenas do compromisso global expresso nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), mas também nos recentes casos de sucesso em diferentes regiões: entre 1990-92 e 2014-16, Cáucaso e Ásia Central reduziram a incidência de 14,1% para 7%, as Caraíbas de 27% para 19,8%, a Oceânia de 15,7% para 14,2%, através de políticas de promoção de emprego rural, modernização de infraestruturas e equipamentos e políticas de promoção da pequena agricultura e políticas sociais.
Não foi possível alcançar resultados mais expressivos porque alguns desses países enfrentam problemas estruturais relacionados com modelos económicos pouco inclusivos, falta de infraestruturas adequadas e instabilidade militar e política.
Naturalmente que o principal desafio é abordar as causas primárias e condicionantes, tais como a pobreza extrema, a urbanização desorganizada, a vulnerabilidade às catástrofes naturais, guerras e conflitos sociais, a falta de infraestruturas produtivas, as imperfeições dos mercados, a falta de políticas adequadas e ajustadas, as sucessivas crises económicas, o desperdício de alimentos, as epidemias e doenças crónicas, a escassez de água potável, etc.
A abordagem deve ser multidisciplinar e inclusiva, privilegiando não apenas o aumento da disponibilidade de alimentos, mas também a melhoria do acesso para as camadas mais vulneráveis, a melhoria da literacia alimentar para garantir uma utilização racional (adequada) e a humanização e a dignificação da abordagem.
Isso exige a compreensão e a aceitação da natureza complexa, multidisciplinar e multissetorial, envolvendo vários saberes na busca de soluções: a colaboração estreita entre as lideranças políticas, do setor produtivo e da sociedade civil, a importância da preservação da biodiversidade, o uso racional dos recursos naturais como a água e os solos, a busca de recursos energéticos mais limpos e eficientes, o combate ao desperdício alimentar, a humanização dos mercados e a sua regulamentação, o reforço do potencial tecnológico através da investigação, e a partilha de recursos incluindo capitais.
Resposta:
Explicação:
É consequência tanto histórica quanto política, social e climática.
Histórica pois, durante a colonização tardia de continentes e países, os nativos foram submetidos à guerras, doenças e desigualdade que perduram até hoje. Um bom exemplo disso é a formação de favelas no Brasil, as quais se originaram na abolição da escravatura. Os negros não tinham para onde ir, então se juntaram em periferias onde passavam fome, sede, falta de emprego e condições indignas de vida.
Política pois, mesmo anos após a colonização de países e regiões, pouco foi feito na esfera política mundial para retirar as pessoas da situação de fome. Um bom exemplo disso são os países da África Subsaariana, onde milhares pessoas morrem de fome devido ao descaso dos governos.
A questão social entra da má distribuição de renda. Enquanto ricos tem dinheiro e comida de sobra, os mais pobres sobrevivem com menos de 1 real por dia. Para solucionar isso, deveria haver uma redistribuição de renda mundial, ou ao menos entre as nações.
Por fim, a questão climática também é importante. No Brasil, por anos o Nordeste sofreu com secas que fizeram a fome crescer, pois sem produção rural não há lucro para comprar alimento e nenhum alimento cresce na seca.