onde podemos encontrar a filosofia?
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Explicação:
Considerando a história do capitalismo moderno como uma história da regulação das atividades produtivas pode-se ver que nem mesmo a prática filosófica escapou desse destino. Um olhar sobre a história da filosofia nos mostra como a partir do século XVIII houve um processo gradual de profissionalização da prática filosófica. Se antes disso (mesmo na modernidade), a cátedra não era a posição mais desejada (Spinoza e Leibniz, é bom lembrar, são dois dos autores mais potentes da era moderna e que preferiram recusar essa “distinção”), a partir do século XVIII o local de atuação do filósofo cada vez mais se confunde com o desenvolvimento das instituições universitárias. A coisa se consolida a tal ponto que o filósofo “fora da universidade” passa a ser visto como um rebelde (Camus, Sartre por exemplo) ou mesmo como um excêntrico [rico?] (Maurice Blanchot, talvez sendo o caso mais paradigmático do século XX). Mas é preciso se perguntar: o que se passa na universidade? Não posso, e nem pretendo, dar conta detalhadamente da transição (ou transmutação) do filósofo autônomo — que na ausência de riquezas familiares, precisa conviver com um fantasma de precariedade — para o filósofo como um funcionário do estado. O que me interessa, no momento, é entender esse espaço que é construído nas universidades para acolher “a filosofia” e que tipo de produto ela é capaz de gerar.
Resposta:
Considerando a história do capitalismo moderno como uma história da regulação das atividades produtivas pode-se ver que nem mesmo a prática filosófica escapou desse destino. Um olhar sobre a história da filosofia nos mostra como a partir do século XVIII houve um processo gradual de profissionalização da prática filosófica. Se antes disso (mesmo na modernidade), a cátedra não era a posição mais desejada (Spinoza e Leibniz, é bom lembrar, são dois dos autores mais potentes da era moderna e que preferiram recusar essa “distinção”), a partir do século XVIII o local de atuação do filósofo cada vez mais se confunde com o desenvolvimento das instituições universitárias. A coisa se consolida a tal ponto que o filósofo “fora da universidade” passa a ser visto como um rebelde (Camus, Sartre por exemplo) ou mesmo como um excêntrico [rico?] (Maurice Blanchot, talvez sendo o caso mais paradigmático do século XX). Mas é preciso se perguntar: o que se passa na universidade? Não posso, e nem pretendo, dar conta detalhadamente da transição (ou transmutação) do filósofo autônomo — que na ausência de riquezas familiares, precisa conviver com um fantasma de precariedade — para o filósofo como um funcionário do estado. O que me interessa, no momento, é entender esse espaço que é construído nas universidades para acolher “a filosofia” e que tipo de produto ela é capaz de gerar.