História, perguntado por Eigkgjvje, 1 ano atrás

Onde Foi Aderido O Comunismo??
É um trabalho de história
URGENTE!!!!!!

Soluções para a tarefa

Respondido por aferreirarodrigues4
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O surgimento do comunismo como tendência política

A palavra comunismo apareceu pela primeira vez na imprensa em 1827, quando Robert Owen se referiu a socialistas e comunistas. Robert Owen foi o primeiro autor a considerar que o valor de uma mercadoria deve ser medido pelo trabalho a ela incorporado, e não pelo valor em dinheiro que lhe é atribuído. Segundo ele, os comunistas e socialistas consideravam o capital comum mais benéfico do que o capital privado. Owen atacou violentamente o sistema de concorrência capitalista, e propôs a criação de comunidades cooperativas como alternativa. As palavras socialismo e comunismo, criadas por ele, foram usadas como sinônimos durante todo o século XIX.

Charles Fourier desenvolveu os pontos fundamentais levantados por Owen, e projetou em detalhes o funcionamento das comunidades aldeãs às quais chamou de Falanstérios. Nestas comunidades, cada pessoa trabalharia de acordo com seu gosto e aptidão, voluntariamente, para o bem de todos. Depois de sua morte, Falanstérios foram criados nos Estados Unidos, Rússia, Espanha e no Brasil com o objetivo de colocar suas ideias em prática.

O Conde de Saint-Simon, além de continuar a vertente de seus antecessores, observou que o Antigo Regime estava fadado à ruína, e que o futuro pertencia às indústrias. Ele propunha que os patrões e empregados deveriam colaborar para adotar uma organização econômica mais justa e que privilegiasse o bem-estar dos pobres. Na década de 1850, adeptos seus, dentre eles Enfantin, Bazard e Pierre Leroux denunciaram a riqueza herdada como imerecida, e defenderam a planificação da economia.

Em 1840, Pierre-Joseph Proudhon publica seu livro A Propriedade É Um Roubo, onde, baseando-se em informações históricas, jurídicas e econômicas, procura demonstrar que toda a propriedade tem em sua raiz um ato de roubo. Proudhon ataca o conceito de renda, o qual compreende como sendo o direito de exigir algo a troco de nada. E pela primeira vez, identifica uma parcela da população como produtores de riqueza (os trabalhadores) e uma outra como os usurpadores dessa riqueza (os proprietários). Conclui que a propriedade é impossível, e só pode existir como uma ficção jurídica imposta pela força, através do Estado. Proudhon então conclui que os cidadãos só estarão livres da imposição da propriedade numa sociedade onde o Estado não exista, e se assume anarquista.

Diferente de seus precursores, Proudhon desprezou a religião e procurou basear sua análise econômica apenas em fatos e lógica. E acreditou que a mudança através da violência representaria apenas uma mudança de governo, nada modificando nas relações sociais. Estas, portanto teriam que ser reformadas gradativamente, pelos próprios cidadãos. Além disso, identificou parte do mecanismo pelo qual as contradições do capitalismo se intensificavam. Em Sistema de Contradições Econômicas ou Filosofia da Miséria (1846), Proudhon afirma que depois de ter provocado o consumo de mercadorias pela abundância de produtos, a sociedade estimula a escassez pelo baixo nível dos salários, uma ideia que se popularizaria com o nome de "crise de superprodução-subconsumo".


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