Português, perguntado por bailaosonia32, 10 meses atrás

Onde estás...Castro Alves

Soluções para a tarefa

Respondido por kauanpimentel06
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ONDE ESTÁS

É meia-noite... e rugindo

Passa triste a ventania,

Como um verbo de desgraça,

Como um grito de agonia.

E eu digo ao vento, que passa

Por meus cabelos fugaz:

"Vento frio do deserto,

Onde ela está? Longe ou perto?"

Mas, como um hálito incerto,

Responde-me o eco ao longe:

"Oh! minhamante, onde estás?. . .

Vem! É tarde! Por que tardas?

São horas de brando sono,

Vem reclinar-te em meu peito

Com teu lânguido abandono! ...

Stá vazio nosso leito...

Stá vazio o mundo inteiro;

E tu não queres queu fique

Solitário nesta vida...

Mas por que tardas, querida?...

Já tenho esperado assaz...

Vem depressa, que eu deliro

Oh! minhamante, onde estás? ...

Estrela — na tempestade.

Rosa — nos ermos da vida;

lris — do náufrago errante,

Ilusão — dalma descrida!

Tu foste, mulher formosa!

Tu foste, ó filha do céu! ...

... E hoje que o meu passado

Para sempre morto jaz ...

Vendo finda a minha sorte,

Pergunto aos ventos do Norte...

"Oh! minhamante, onde estás?..."

Castro Alves.

Respondido por julianasilvacerq45
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ONDE ESTÁS

É meia-noite... e rugindo
Passa triste a ventania,
Como um verbo de desgraça,
Como um grito de agonia.
E eu digo ao vento, que passa
Por meus cabelos fugaz:
"Vento frio do deserto,
Onde ela está? Longe ou perto?"
Mas, como um hálito incerto,
Responde-me o eco ao longe:
"Oh! minhamante, onde estás?. . .

Vem! É tarde! Por que tardas?
São horas de brando sono,
Vem reclinar-te em meu peito
Com teu lânguido abandono! ...
Stá vazio nosso leito...
Stá vazio o mundo inteiro;
E tu não queres queu fique
Solitário nesta vida...
Mas por que tardas, querida?...
Já tenho esperado assaz...
Vem depressa, que eu deliro
Oh! minhamante, onde estás? ...

Estrela — na tempestade,
Rosa — nos ermos da vida;
lris — do náufrago errante,
Ilusão — dalma descrida!
Tu foste, mulher formosa!
Tu foste, ó filha do céu! ...
... E hoje que o meu passado
Para sempre morto jaz...
Vendo finda a minha sorte,
Pergunto aos ventos do Norte...
"Oh! minhamante, onde estás?..."
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