Onde e quando surgiu a dança de salão? Quando e como essa dança chegou ao Brasil? (Qual era o contexto do país naquela época? Quais as principais características? - Cite alguns passos específicos utilizados no desenvolvimento dessa dança.) OBS: PRECISO SOMENTE DA RESPOSTA DAS PERGUNTAS QUE ESTÃO EM PARÊNTESES
Soluções para a tarefa
Dependendo de seus objetivos, surgiram diversos tipos de dança: a guerreira, a teatral, a ritual ou religiosa, a popular ou folclórica (geralmente dançada em festas populares, em grupos e ao ar livre), o balé clássico e a dança moderna (artísticos e mais voltados para espetáculos), a dança social ou de salão, a dança esportiva, o balé no gelo ou patinação artística e outros tipos. A dança esportiva e a patinação artística são modalidades de caráter competitivo e estão em processo de inclusão entre os e esportes olímpicos.
A dança social ou dança de salão é praticada por casais, em reuniões sociais e surgiu na Europa, na época do Renascimento. Pelo menos desde os séculos XV e XVI, tornou-se uma forma de lazer muito apreciada, tanto nos salões dos palácios da nobreza, como entre o povo em geral. É chamada de social por ser praticada por pessoas comuns, em festas de confraternização, propiciando o estreitamento de relações sociais de amizade, de romance, de parentesco e outras. De salão, porque requer salas amplas para os dançarinos fazerem livremente suas evoluções e porque foi através da sua prática nos salões das cortes reais europeias que este tipo de dança foi valorizado e levado para as colônias da América, Ásia e África, sendo divulgado pelo mundo todo e transformando-se num divertimento muito popular entre diversos povos.
A dança de salão chegou ao Brasil trazida pelos colonizadores portugueses, ainda no século XVI, e mais tarde, pelos imigrantes de outros países da Europa que para cá vieram. Num país como o Brasil, com tão fortes e diferentes influências culturais, não tardaram a se mesclar contribuições dos povos indígenas e africanos, num processo de inovação e modificação de algumas das danças europeias importadas, bem como de surgimento de novas danças, bem brasileiras. O Rio de Janeiro, na medida em que foi capital do Brasil desde o período colonial até 1960, sempre foi o polo irradiador de cultura, modismos e inovações em geral para o resto
Após a proclamação da república, o gosto pelos bailes continuou forte, entre os cariocas, tornando-se cada vez mais populares e frequentes, a ponto do consagrado poeta Olavo Bilac comentar, num artigo de 1906, para a revista Kosmos: "...no Rio de Janeiro, a dança é mais do que um costume e um divertimento; é uma paixão, uma mania, uma febre. Nós somos um povo que vive dançando".
Na passagem do século XIX para o XX, as danças da moda eram a valsa, a polca, a contradança, a mazurca, o xote e a quadrilha. Sim, a quadrilha que, naquela época, era uma dança refinada, apropriada aos salões aristocráticos. O próprio Imperador D. Pedro II foi um grande apreciador das quadrilhas, dançando todas que eram tocadas nos bailes a que comparecia. Só mais tarde, muito modificada, esta dança virou a quadrilha caipira das festas juninas, como a conhecemos hoje.
Até a década de 1960, os bailes eram um dos eventos sociais mais importantes e populares para os cariocas de todas as idades e camadas sociais. Nos bailes, as pessoas se divertiam, faziam negócios e novos amigos, muitos namoros começavam, enquanto outros casais faziam as pazes, depois de brigas e desentendimentos. Muitas vezes, até problemas de ordem política e econômica, que afetavam o país, eram discutidos em bailes diplomáticos e outros, aos quais compareciam dirigentes da nação. O aparecimento e o período áureo das discotecas - em que os casais passaram a dançar sem se tocar, de uma forma mais livre e solta e até sem necessidade de parceiro(a) - levaram a dança de salão a cair num semiesquecimento, pelo menos nas grandes cidades, por um período de vinte anos, mais ou menos. Foi a vez das luzes e ritmos das discotecas assumirem um papel de destaque na vida social, substituindo os bailes tradicionais, onde os casais dançavam juntinhos.
A dança de salão não desapareceu, mas passou a ser vista como uma manifestação fora de moda, praticada por pessoas mais velhas e conservadoras ou por membros de camadas sociais menos favorecidas, no interior do país e nas periferias das grandes metrópoles. Desde meados dos anos '80, porém, a dança de pares enlaçados vem retornando com toda a força, retomando o lugar de destaque que sempre ocupou na vida social urbana. Multiplicam-se seus adeptos e os lugares para dançar a dois, num movimento forte e abrangente,
A dança de salão é uma das mais tradicionais e fortes características culturais brasileiras. É uma expressão alegre e espontânea de seu povo, com seus ritmos e formas de dançar próprios, que despertam a atenção e a admiração dos turistas estrangeiros. Seu potencial cultural, educativo e turístico é enorme e, mais uma vez demonstrando sua vocação de metrópole formadora de opinião para o resto do país, o atual jeito carioca de dançar vem sendo rapidamente divulgado entre os outros estados brasileiros, o que não quer dizer que os outros estados não tenham, também, seus ritmos preferidos e suas formas próprias de dançar de salão.
espero ajudar