História, perguntado por yasminlopes330, 1 ano atrás

Onde D. Pedro se encontrava com sua comitiva?

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Respondido por daianelinda1
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Pedro de Alcântara, mais conhecido como Dom Pedro, nasceu em Portugal no dia 12 de outubro de 1798, filho de Dom João VI e dona Carlota Joaquina. Segundo alguns historiadores, Dom Pedro nasceu na transição de dois tempos: o fim do absolutismo e o começo do liberalismo político. As suas ideias refletiam as mudanças que ocorriam na Europa (Revolução Francesa), mas não se desvencilhava da corte absolutista na qual crescera.

No ano de 1808, a Coroa portuguesa, juntamente com 10 mil pessoas, entre elas a família real, a nobreza, os funcionários públicos e os empregados domésticos, embarcou para o Brasil sob ameaça da invasão francesa ao território português. O que se efetivou com o Bloqueio Continental que o Imperador francês Napoleão Bonaparte submeteu Portugal.

No momento da fuga para o Brasil, a família real, juntamente com seus “convidados”, foram protegidos em alto mar pela esquadra inglesa (a Inglaterra era inimiga secular da França). No ano de 1820, eclodiu a Revolução do Porto em Lisboa, os portugueses reivindicaram o retorno de Dom João VI para assumir o trono português.

Sem ter o que fazer, Dom João VI retornou a Portugal, deixando o seu filho Dom Pedro como príncipe regente do Brasil. No momento em que retornou a Portugal, o rei viu o Governo Provisório convocar as Cortes (Assembleia Nacional, o Parlamento) para elaboração de uma Constituição para Portugal que seria aplicada às colônias portuguesas.

Os deputados portugueses, com a escrita da Constituição, desejavam instituir uma Monarquia Constitucional Liberal para Portugal e, ao mesmo tempo, queriam reestabelecer o pacto colonial no Brasil, como o retorno ao sistema de monopólio comercial, fechar os portos ao comércio estrangeiro (principalmente da Inglaterra), ou seja, queria efetivar uma recolonização (volta à condição de colônia) do Brasil.

Os brasileiros, temerosos com as ameaças, recusaram a obedecer às imposições do Parlamento português e rapidamente surgiu um forte desejo pela independência do Brasil. A liberdade de imprensa brasileira conquistada com a vinda da família real, logo propiciou a disseminação entre a população, as ameaças que o Brasil vinha sofrendo de Portugal, e publicavam notícias de várias independências de países latino-americanos, incentivando a crescente insurreição da população brasileira para a luta da independência.

O papel da imprensa no processo de independência do Brasil se configurou como um importante aspecto, alguns historiadores questionam essa importância da imprensa, pois acreditavam que a maioria da população era analfabeta, por essa razão, a população não conhecia os ideais que os jornais disseminavam. Ao mesmo tempo, a historiadora Isabel Lustosa¹ não questiona a quantidade de analfabetos, mas ressalta que os jornais tiveram sua importância: “conta-se que muitos jornais e panfletos eram lidos em voz alta nas praças, casas e nos botequins”, disseminando assim as ideias para independência entre as camadas populares.

Assim que os deputados portugueses exigiram o retorno de Dom Pedro a Portugal, os brasileiros insatisfeitos com as medidas adotadas por Portugal entregaram ao príncipe regente um abaixo assinado com oito mil assinaturas solicitando a sua permanência. Após ter recebido a lista de assinaturas, Dom Pedro proclamou a sua permanência: “Como é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto. Diga ao povo que eu fico”. A partir de então, este fato que aconteceu no dia 09 de janeiro de 1822, ficou conhecido como o dia do “fico”.

O príncipe regente, declarando a permanência no Brasil, contrariou os grupos que apoiavam a política portuguesa, esse grupo era formado principalmente por portugueses comerciantes que viviam na cidade do Rio de Janeiro. Logo após ter expressado a vontade de ficar no Brasil, Dom Pedro nomeou José Bonifácio de Andrada (intelectual formado em Direito e Filosofia na Universidade de Coimbra, Portugal) para ministro do Reino e Estrangeiros e determinou que as medidas das Cortes portuguesas não tivessem validade no Brasil.
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