Biologia, perguntado por jptoscano19oy1w1f, 9 meses atrás

Olá estou tendo muita dificuldade em entender taxonomia e classificacao dos seres vivos principalmente a parte do Monera, archeas e etc. Alguém pode me dizer certinho as teorias que apareceram a partir da classificacao de Darwin até os dias de hj. Qual e o modelo que nós usamos no ensino medio e qual é o mais aceito e atual pela comunidade cientifica?? Agradeco imensamente pra quem tiver a paciencia pra fazer isso. Muito obrigado

Soluções para a tarefa

Respondido por lukasamorim
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Resposta:

Modelo atual de Whittaker

Explicação:

Desde a Antiguidade, diversos modos de classificação dos seres vivos foram propostos a fim de facilitar o estudo sobre esses organismos e de se compreender suas relações evolutivas. Os critérios utilizados para agrupá-los são variados, o que faz com que esses sistemas sejam constantemente modificados e aprimorados.

Os primeiros sistemas de classificação eram bastante simples e, como os recursos tecnológicos eram escassos, baseavam-se nas características macroscópicas de cada ser e seus hábitos de vida. Por essa razão, os organismos foram classificados inicialmente por Lineu em dois reinos: Animal e Vegetal.

Os protozoários fazem parte do reino Protoctista

Os protozoários fazem parte do reino Protoctista

Com o avanço da tecnologia, iniciou-se o estudo de seres microscópicos e, com isso, surgiu um uma nova classificação. Em 1866, o termo protista foi proposto para designar organismos eucariontes que não se enquadravam nos reinos Animal e Vegetal. Anos depois os protistas foram promovidos a reino.

Copeland, em 1956, sugeriu a criação de um reino para agrupar organismos que poderiam ser considerados como os mais simples da natureza: as bactérias. Surgia aí o sistema de quatro reinos, bem como o Reino Monera, onde estavam inseridos os seres procariontes.

Os fungos fazem parte do reino Fungi

Os fungos fazem parte do reino Fungi

Posteriormente, em 1969, surgiu o sistema de cinco reinos proposto por Whittaker. Sem dúvidas, esse é o sistema mais utilizado, apesar de existirem outras classificações. De acordo com o sistema de Whittaker, temos os reinos: Monera, Protista, Fungi, Animalia e Plantae.

→ Reino Monera: Agrupa organismos unicelulares procariontes, ou seja, que possuem apenas uma célula sem núcleo delimitado por uma membrana. Exemplos: Bactérias e cianobactérias.

→ Reino Protista (Atualmente chamado de Protoctista): Reúne seres unicelulares e pluricelulares, eucariontes, autotróficos ou heterotróficos. Exemplo: algas e protozoários.

A mudança de denominação do Reino Protista para Protoctista ocorreu na década de 1980 e foi proposta por Margulis e Schwartz. Além da mudança dos nomes, as pesquisadoras incluíram nesse grupo as algas multicelulares e alguns fungos.

→ Reino Fungi: Agrupa seres eucariontes, que, em sua maioria, é pluricelular, e heterotróficos. Exemplos: Cogumelos, bolores e levedos.

As plantas fazem parte do reino Plantae

As plantas fazem parte do reino Plantae

→ Reino Plantae ou Metaphyta : Engloba os organismos eucariontes, pluricelulares e com nutrição autotrófica. Exemplo: Musgos, samambaias, araucárias e mangueira.

→ Reino Animalia ou Metazoa: Inclui os organismos eucariontes, heterotróficos e que apresentam nutrição heterotrófica. Exemplo: Homem, cachorro, vaca e aves.

Os animais fazem parte do reino Animalia

Os animais fazem parte do reino Animalia

Além dessa classificação, atualmente se admite que todos os organismos estão incluídos em três grandes domínios: Bacteria, Archaea e Eukarya. Essa classificação foi proposta por Carl Woese, em 1990, e criada por meio de dados de análise de nucleotídeos de RNA ribossômico.

O domínio Bacteria agrupa todas as bactérias verdadeiras ou simplesmente bactérias. O domínio Archaeae inclui todas as arqueas, que anteriormente eram consideradas erroneamente como grupo basal das bactérias. O domínio Eukarya, por sua vez, é composto por todos os organismos eucariontes existentes, estando inclusos nesse grupo, portanto, os reinos Protoctista, Fungi, Plantae e Animalia.

Como os livros didáticos e a maioria dos professores ainda adotam a classificação proposta por Whittaker, aqui você encontrará textos que obedecem a esse sistema.

Bons estudos!


jptoscano19oy1w1f: Obrigado. Falei darwin mas era lineu haha
Respondido por melissafraile1234
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s, ordem do pinheiro, da sequoia, etc.)

Taxonomia e sistemática

A sistemática tem o objetivo de estudar e compreender a diversidade da vida.

Esse estudo evidencia os parentescos evolutivos por meio de diagramas (filogenias),O ramo da Biologia que se dedica a classificar e a dar nomes aos seres vivos é a taxonomia.

A taxonomia organiza os seres vivos em categorias hierárquicas ou táxons.

Nessa classificação os táxons menores estão incluídos em táxons maiores.

Classificar é uma característica inerente aos seres humanos, como por exemplo:

Arquivos em uma escola separados em ordem alfabética;

Coleção de figurinhas e cartões telefônicos;

Livros em uma biblioteca;

A taxonomia pode ser comparada a um arquivo bem organizado de informações sobre os seres vivos.

Imagine que cada documento desse arquivo contenha os dados sobre uma espécie de organismo e que documentos semelhantes poderiam ser reunidos em uma pasta, que representaria um gênero.

Na pasta referente ao gênero Canis, por exemplo, estariam as espécies C. lupus, C. familiaris e C. latrans.

Pastas de gêneros semelhantes seriam reunidas em gavetas de um armário; as gavetas corresponderiam às famílias e os armários às ordens.

Todos os armários em uma sala pertenceriam à mesma classe e salas de classes semelhante corresponderiam ao mesmo filo.

O Sistema de Lineu: Sistema Binomial

Em 1735, o botânico e médico sueco Carl Von Linné (1707 – 1778; Lineu em português) estabeleceu a espécie como unidade básica de classificação.

Lineu reuniu os seres vivos em cinco grupos taxonômicos: reino, classe, ordem, gênero e espécie – e propôs uma hierarquia de semelhança entre eles.

Depois, outros pesquisadores acrescentaram dois grupos: filo (para animais) ou divisão (para vegetais e fungos) e família.

Espécies muito parecidas podem ser reunidas no grupo gênero; neste o grau de semelhança é menor que na espécie.

Gêneros afins formam famílias e estas compõem ordens, que se reúnem em classes.

Os filos ou as divisões são compostos por classes semelhantes.

Os diversos filos ou divisões são reunidos em reinos.

Lineu propôs também o uso de palavras latinas para denominar os organismos, unificando mundialmente a linguagem científica e evitando confusões geradas pela existência de nomes populares diferentes para a mesma espécie.

Estabeleceu ainda a nomenclatura binominal (ou binomial) para a espécie, ou seja, o nome de uma espécie é formado sempre por duas palavras.

A primeira indica o gênero e a segunda, o termo ou epíteto específico (o epíteto, palavra que qualifica algo, costuma ser um adjetivo, como sapiens, que quer dizer sábio, ou um nome de pessoas latinizado).

Esse sistema apresenta regras que devem ser seguidas em todo o mundo a fim de facilitar a comunicação entre pesquisadores de diversos países.

As regras

Todos os nomes científicos devem ser escritos em latim; se derivarem de outra língua, deverão ser latinizados.

Os termos que indicam gênero até reino devem ter inicial maiúscula;

O gênero é sublinhado ou escrito em itálico.

O primeiro termo indica o gênero

O segundo nome, o termo específico, escrito com inicial minúscula (se representar uma homenagem a alguém importante do país onde foi descrita a espécie, aceita-se o uso da inicial maiúscula).

A nomenclatura de uma subespécie (populações da mesma espécie geograficamente isoladas, que podem, no futuro, formar novas espécies) é trinominal (trinomial).

Ex. Crotalus terrificus terrificus (cascavel brasileira), Crotatus terrificus durissus (cascavel da Venezuela, Colômbia e América Central).

A designação do subgênero aparece entre o gênero e o termo específico, entre parênteses, com inicial maiúscula:

Aedes(Stegomya) aegypti (mosquito que transmite os agentes causadores da febre amarela e da dengue).

Se o autor da descrição de uma espécie for mencionado, seu nome (por extenso ou abreviado) deve aparecer em seguida ao termo específico sem pontuação.

A data em que ele descreveu essa espécie vem após seu nome, precedida de uma virgula ou entre parênteses: Trypanosoma cruzi Chagas, 1909 (protozoário que provoca a doença de Chagas).

Quando uma espécie é transferida de um gênero para outro ou muda-se o gênero, o nome do autor da primeira classificação é colocado entre parênteses.

Em 1758, Lineu classificou uma espécie de formiga como Formica sexdens; em 1804, o cientista dinamarquês Johan Christian Fabricius (1743-1808) transferiu-a para o gênero Atta.

Podemos, então, escrever: Atta sexdens (Linnaeus, 1758) Fabricius, 1804.

Lei da prioridade

Têm prioridade os nomes apresentados em primeiro lugar de 1758 (data da décima edição do livro de Lineu, na qual ele apresentou uma revisão de suas regras) para cá se os autores os publicarem em revistas científicas seguindo todas as regras.

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