Oceano
Vem me fazer feliz
Porque eu te amo
Você deságua em mim
E eu oceano
Esqueço que amar
É quase uma dor
Só sei
Viver
Se for
Por você
No texto da canção, como recurso estrutural, o autor muda a
classe gramatical de um dos vocábulos. Essa estratégia implica
subjetividade temática, demonstrando que o compositor
A. identifica semelhança sonora entre o substantivo “oceano”
e a desinência número-pessoal de “amo”.
B. associa uma ideia de ação ao substantivo concreto
“água”, inserindo-o entre dois pronomes pessoais.
C. percebe a semelhança de som nos vocábulos terminados
em “r”, empregando-os todos como verbos.
D. impõe noção de experiência no lugar de ação ao utilizar
o verbo “viver” como um substantivo.
E. trabalha a ambiguidade apresentada pelo vocábulo
“por”, sendo tanto um verbo como uma preposição.
Soluções para a tarefa
Essa estratégia implica subjetividade temática, demonstrando que o compositor:
E. trabalha a ambiguidade apresentada pelo vocábulo “por”, sendo tanto um verbo como uma preposição.
"só sei viver se for por você" => pode ser verbo ou preposição
Como verbo, significa que a vida só é possível se a pessoa amada estiver inclusa, se ela for posta, colocada em sua vida.
Como preposição, significa que ele tem a amada como única finalidade, objetivo.
Os outros itens:
A. identifica semelhança sonora entre o substantivo “oceano” e a desinência número-pessoal de “amo”. (falso)
> Na verdade, "amo" não é uma desinência número pessoal, mas uma flexão do verbo "amar".
B. associa uma ideia de ação ao substantivo concreto “água”, inserindo-o entre dois pronomes pessoais. (falso)
> A ação de desaguar não é exercida pelo substantivo "água", mas pela pessoa, que despeja a "água" no eu lírico.
C. percebe a semelhança de som nos vocábulos terminados em “r”, empregando-os todos como verbos. (falso)
> Há vocábulos terminados em "r", na canção, que não são verbos, como "dor" (substantivo) e "por" (preposição).
D. impõe noção de experiência no lugar de ação ao utilizar o verbo “viver” como um substantivo. (falso)
> O verbo "viver" é empregado como verbo mesmo, visto que não está antecedido por nenhum determinante.