Observe novamente a tela a pátria (página 16) pintada por Pedro Bruno em 1919 trata-se de uma alegoria do nascimento da nova naçãoCom base na leitura dessa imagem e do Inté título O Novo Mundo (página 15) responda no caderno
a)Porque o autor representou nessa tela mulheres costurando a nova Bandeira e Um Bebê coberto por essa bandeira?
b)no fundo da tela o artista representou vários quadros em uma parede um retrato de Tiradentes que simbolismo da figura de Tiradentes justifica sua inclusão na tela de Pedro Bruno?
Soluções para a tarefa
A - A imagem das mulheres costurando a bandeira é uma referência tanto à Revolução Americana quanto a Revolução Francesa, em que a mulher, que representa a Liberdade e a República, conduz a política nacional. O bebê representa o Brasil, um país que ainda se construía.
B - Tiradentes é um símbolo da resistência contra a tirania no período colonial, sendo ele, enquanto mártir da liberdade, um "ídolo" perfeito para representar a ideia da República.
a. Desde o Iluminismo, a utilização da imagem feminina foi aprimorada como símbolo de liberdade (como vemos na Revolução Francesa, por meio da pintura "A liberdade guiando o povo" de Eugène Delacroix - ver imagens abaixo).
Assim, a Proclamação da República foi também engajada pelas ideias iluministas. Entretanto, o quadro brasileiro demonstra a mulher de forma recatada e dentro das suas obrigações do lar (filhos, amamentação, costura, ambiente familiar, etc.). A pintura remete à construção de uma nova nação.
O bebê coberto pela bandeira denota o patriotismo que a obra pretende elevar, com o novo país em desenvolvimento em suas bases mais sólidas, a família.
b. A pintura além de pretender elevar a Proclamação da República, visa elevar novos ídolos. Ao fundo, as imagens do Marechal Deodoro da Fonseca, Benjamin Constant e Tiradentes servem para rechear o imaginário ideológico, já que o golpe republicano não ocorreu com a participação popular.
Pintura "A Pátria"
A pintura do artista Pedro Bruno apresenta a confecção da bandeira brasileira em um ambiente doméstico. A nova bandeira brasileira, em vigor desde 19 de novembro de 1889, retirava apenas o brasão da família imperial (ver imagem abaixo) e incluía um circulo central com a frase positivista "ordem e progresso" (retirada da frase "O amor por princípio e a ordem por base; o progresso por fim" de Auguste Comte).
Com o golpe republicano, as elites políticas procuraram a adoção de novos ídolos nacionais, retirando a cultura monarquista ainda presente. A imagem de Tiradentes, que antes era considerado um traidor da pátria pelo caráter separatista da Inconfidência Mineira (1789), começou a ser desenvolvida como mártir.
Ademais, a imagem sem a presença de índios e negros foi discutida como uma tentativa de emplacar uma família europeia no contexto familiar brasileiro. Entretanto, as mulheres e crianças apresentadas na imagem são familiares de Benjamin Constant (articulador positivista da república), como relata a museóloga do Museu da República, Isabel Sanson Portella.
A imagem do primeiro presidente do Brasil ao fundo, o Marechal Deodoro da Fonseca, também demonstra a tentativa de elevação de um ídolo nacional, que saiu com uma imagem autoritária da presidência do Brasil.
Apesar da secularização do Estado republicano, ao fundo demonstra-se uma imagem sagrada, aplicando um contexto de religiosidade na sociedade brasileira da época. O idoso ao fundo representa a decrepitude do passado monárquico.
O artista responsável pela pintura "A pátria" conquistou um prêmio em 1919 por sua obra mais famosa.
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