Português, perguntado por eldersilvamonteiro, 5 meses atrás

obra obras literária o poema que tem cena de beijo​

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Respondido por Queenblue00
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O amor está entre os principais temas da literatura universal. Selecionamos dez poemas de amor da literatura brasileira que sondam o mais terno dos sentimentos humanos.

O amor sempre esteve entre os principais temas da literatura. Na verdade, o amor sempre esteve e sempre estará entre os principais temas das diversas manifestações artísticas, pois, entre todos os sentimentos, é, indubitavelmente, aquele que mais aproxima o ser humano da arte. Seja em prosa ou em verso ou em qualquer outra forma com que se apresente, esse sentimento quase insondável, fonte de emoções e veículo de aperfeiçoamento humano, é uma expressão da humanidade, um aspecto literário universal e reconhecível em qualquer cultura.

Quando o assunto é literatura brasileira, há uma diversidade de enfoques sobre o amor, esse tema tão caro para escritores e leitores. Do barroco, passando pelos românticos, até a literatura contemporânea, são muitos os exemplos dos grandes autores que insistiramm no tema sem jamais permitir que ele caísse no lugar-comum, mostrando que, embora seja recorrente, o amor nunca será traduzido com plenitude. Para mostrar os diferentes modos de escrever e de sentir as emoções amorosas, o sítio de Português selecionou dez poemas de amor da literatura brasileira escritos sob a influência de diferentes doutrinas estéticas: alguns marcados pelas circunstâncias do tempo e do meio, outros, pelo espírito criativo e individual do autor. O que eles têm em comum? O amor, esse tema eterno e fascinante. Boa leitura!

O amor na literatura brasileira

Soneto VII

Ardor em firme coração nascido!

Pranto por belos olhos derramado!

Incêndio em mares de água disfarçado!

Rio de neve em fogo convertido!

Tu, que em um peito abrasas escondido, (*?) Tu, que em ímpeto abrasas escondido,

Tu, que em um rosto corres desatado,

Quando fogo em cristais aprisionado,

Quando cristal em chamas derretido.

Se és fogo como passas brandamente?

Se és neve, como queimas com porfia?

Mas ai! Que andou Amor em ti prudente.

Pois para temperar a tirania,

Como quis, que aqui fosse a neve ardente,

Permitiu, parecesse a chama fria.

Gregório de Matos

Soneto

Estes os olhos são da minha amada,  

Que belos, que gentis e que formosos!  

Não são para os mortais tão preciosos  

Os doces frutos da estação dourada.

Por eles a alegria derramada

Tornam-se os campos de, prazer gostosos.

Em zéfiros suaves e mimosos

Toda esta região se vê banhada.

Vinde olhos belos, vinde, e enfim trazendo

Do rosto do meu bem as prendas belas,

Dai alívio ao mal que estou gemendo.

Mas ah! delírio meu que me atropelas!

Os olhos que eu cuidei que estava vendo,

Eram (quem crera tal!) duas estrelas.

Cláudio Manoel da Costa

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