obra História do Brasil para Ocupados, a historiadora Ana Maria da Silva Moura (2013, p. 146) afirma que, a princípio, a produção e exportação do açúcar demandaram a montagem de toda uma infraestrutura material e mercantil que, ao longo dos séculos e da colonização, foram se tornando complexas e sofisticadas. No Brasil do século XVI, o colono encontrou terra abundante e propícia, como o massapé nordestino, imensas florestas que seriam devastadas para fazer lenha, madeira para cabos de ferramentas, para as prensas e os carros de boi que transportavam a cana da plantação à moenda. Mas teve também de trazer ou importar valiosíssimos tachos de cobre, caldeiras, ferro para as ferramentas e moendas, e até mão de obra especializada. Com base nessas informações, leia as afirmativas a seguir: I – Os portugueses já possuíam uma vasta experiência na indústria açucareira desde o século XV em suas ilhas no Atlântico e nas regiões ao sul da capital lisboeta (na sede de seu Império). Neste sentido, só implantaram nas terras brasílicas uma condição que já sustentavam em outras localidades. II – Não havia mão de obra suficiente para suprir as necessidades que o complexo açucareiro demandava para o seu pleno funcionamento. Esta condição justificava a escravização temporária dos naturais da terra e dos degredados enviados para a colônia, dentro de um prazo máximo de 12 meses. III – Havia ainda outros tipos de solos que também eram propícios para o cultivo de cana de açúcar. Além do “massapé” presente na região do Recôncavo Baiano, também existia o solo conhecido como “salão”, que era um solo com aspecto avermelhado, mais arenoso e que não retinha tanta umidade. IV – A jornada e as condições de trabalho impostas aos escravos e aos trabalhadores livres especializados no Engenho eram exaustivas. O trabalho era realizado tanto no período diurno como no noturno, em média de 8 a 9 meses. Tal condição impossibilitava que os escravos comparecessem às missas aos domingos, algo duramente criticado pelos membros da Igreja. É correto apenas o que se afirma em:
Soluções para a tarefa
Olá!
Ao analisar as afirmativas, podemos concluir que:
I – Está correta. Existiu experiência anterior dos portugueses com o cultivo de cana-de-açúcar nas ilhas de Açores, Madeira e Cabo Verde.
II – Está incorreta. A mão-de-obra utilizada nos engenhos de cana eram os negros africanos e as pessoas degradadas não eram escravizadas.
III – Está incorreta. Uma desvantagem para o cultivo de cana-de-açúcar é presença de solo arenoso e a não retenção de umidade.
IV – Está correta. O trabalho no engenho não apresentava facilidades como jornada de trabalho máxima ou tempo de descanso.
Sendo assim, a resposta correta é a alternativa 1: I e IV.
Espero ter ajudado, bons estudos!
Resposta:
I – Está incorreta. Não achei onde menciona que existia plantação de cana de açúcar em solo português "e nas regiões ao sul da capital lisboeta (na sede de seu Império)".
II – Está incorreta.
III – Está correta havia sim outros tipos de solos que também eram propícios para o cultivo de cana de açúcar. Além do “massapé” presente na região do Recôncavo Baiano, também existia o solo conhecido como “salão”. Consta no livro.
IV – Está correta.
Sendo assim, a resposta correta é a alternativa 1: III e IV.