o Voto coronelismo ainda existe no Brasil??
(VALENDO 20 PTS)
(se me responder me fale no q vc esta em duvida q eu ajudo :) )
Soluções para a tarefa
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Ao pensar em uma resposta objetiva para a questão colocada, sentimo-nos seduzidos, já de saída, a responder que: “sim, ainda existe coronelismo no Brasil.”
Mas, será que essa resposta está correta?
Vamos tentar buscar esta resposta na historiografia brasileira sobre o tema.
Um texto pilar sobre o assunto é o livro do jurista mineiro Vitor Nunes Leal, intitulado “Coronelismo, Enxada e Voto – o município e o regime representativo no Brasil”. O livro é já um dos clássicos sobre o assunto, e foi publico na segunda metade de década de 1940.
Vitor Nunes é bastante claro em seu texto ao explicar a idéia de que o coronelismo como sistema político se restringe ao período da 1° República, ou República Oligárquica (1891-1930).
Segundo Leal, o coronelismo emerge dentro de um período político-econômico específico, resultando da “(…) superposição de formas desenvolvidas do regime representativo a uma estrutura econômica e social inadequada.”
Ou seja: o Brasil de então não havia constituído bases sociais e econômicas satisfatórias para instaurar um regime republicano. Sabe-se que o modelo de República estabelecido (pelo menos 3 modelos podem ser identificados nos conflitos ideológicos da primeira década de República) foi o modelo americano.
É dentro dessas inadequações que surge a figura do “Coronel” enquanto elemento do poder local, que trocava seus “dotes” eleitorais (os votos de seu curral eleitoral) em troca de outros “favores” do governador do Estado.
É aqui que identificamos o coronelismo enquanto uma relação política de compromissos. Essa é a principal tese de Leal, que irá reverberar por muito tempo na historiografia e nas ciências sociais, com breves deslocamentos ao longo das dezenas de textos que foram escritos sobre o assunto após o trabalho pioneiro de Leal.
Ou seja, se nos valermos da conceitualização de Leal, podemos dizer que a resposta para questão colocada acima é “Não existe mais coronelismo no Brasil”.
Pode-se até dizer que existem coronéis ou mandonismo local, mas, não “coronelismo” (ao menos sob o crivo da argumentação de Leal).
O coronelismo é datado historicamente. Restringi-se à Primeira República, surgindo dessa confluência entre um fato político (o federalismo implantado pela República) e uma conjuntura econômica específica.
É preciso ficar atento para alguns deslocamentos conceituais, muitas vezes confundido por quem se utiliza destes termos sem um conhecimento mais apurado.
Segundo o historiador José Murillo de Carvalho, devemos ter cuidado para não confundir coronelismo com clientelismo ou mandonismo local, pois há corrente muitas imprecisões e confusões conceituais que prejudicam um melhor entendimento sobre essa questão.
Mas, essa é outra história.
Mas, será que essa resposta está correta?
Vamos tentar buscar esta resposta na historiografia brasileira sobre o tema.
Um texto pilar sobre o assunto é o livro do jurista mineiro Vitor Nunes Leal, intitulado “Coronelismo, Enxada e Voto – o município e o regime representativo no Brasil”. O livro é já um dos clássicos sobre o assunto, e foi publico na segunda metade de década de 1940.
Vitor Nunes é bastante claro em seu texto ao explicar a idéia de que o coronelismo como sistema político se restringe ao período da 1° República, ou República Oligárquica (1891-1930).
Segundo Leal, o coronelismo emerge dentro de um período político-econômico específico, resultando da “(…) superposição de formas desenvolvidas do regime representativo a uma estrutura econômica e social inadequada.”
Ou seja: o Brasil de então não havia constituído bases sociais e econômicas satisfatórias para instaurar um regime republicano. Sabe-se que o modelo de República estabelecido (pelo menos 3 modelos podem ser identificados nos conflitos ideológicos da primeira década de República) foi o modelo americano.
É dentro dessas inadequações que surge a figura do “Coronel” enquanto elemento do poder local, que trocava seus “dotes” eleitorais (os votos de seu curral eleitoral) em troca de outros “favores” do governador do Estado.
É aqui que identificamos o coronelismo enquanto uma relação política de compromissos. Essa é a principal tese de Leal, que irá reverberar por muito tempo na historiografia e nas ciências sociais, com breves deslocamentos ao longo das dezenas de textos que foram escritos sobre o assunto após o trabalho pioneiro de Leal.
Ou seja, se nos valermos da conceitualização de Leal, podemos dizer que a resposta para questão colocada acima é “Não existe mais coronelismo no Brasil”.
Pode-se até dizer que existem coronéis ou mandonismo local, mas, não “coronelismo” (ao menos sob o crivo da argumentação de Leal).
O coronelismo é datado historicamente. Restringi-se à Primeira República, surgindo dessa confluência entre um fato político (o federalismo implantado pela República) e uma conjuntura econômica específica.
É preciso ficar atento para alguns deslocamentos conceituais, muitas vezes confundido por quem se utiliza destes termos sem um conhecimento mais apurado.
Segundo o historiador José Murillo de Carvalho, devemos ter cuidado para não confundir coronelismo com clientelismo ou mandonismo local, pois há corrente muitas imprecisões e confusões conceituais que prejudicam um melhor entendimento sobre essa questão.
Mas, essa é outra história.
euajudovocemeajuda:
muuuito obrigado
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