O verde
(Inácio de Loyola Brandão)
Estranha é a cabeça das pessoas.
Uma vez, em S ão Paulo, morei numa rua que era dominada por uma árvore incrível. Na época da floração, ela enchia a calçada de cores. Para usar um lugar-comum, ficava sobre o passeio um verdadeiro tapete de flores; esquecíamos o cinza que nos envolvia e vinha do asfalto, do concreto, do cimento, os elementos característicos desta cidade. Percebi certo dia que a árvore começava a morrer. Secava lentamente, até que amanheceu inerte, sem folha. É um ciclo, ela renascerá, comentávamos no bar ou na padaria. Não voltou. Pedi ao Instituto Botânico que analisasse a árvore, e o técnico concluiu: fora envenenada. Surpresos, nós, os moradores da rua, que tínhamos na árvore um verdadeiro símbolo, começamos a nos lembrar de uma vizinha de meia-idade que todas as manhãs estava ao pé da árvore com um regador. Cheios de suspeitas, fomos até ela, indagamos, e ela respondeu com calma, os olhos brilhando, agressivos e irritados:
— Matei mesmo essa maldita árvore.
— Por quê?
— Porque na época da flor ela sujava minha calçada, eu vivia varrendo essas flores desgraçadas.
3) Observe a frase: [...] esquecíamos o cinza que nos envolvia [...]" (2º parágrafo). Que cinza era esse ao qual o autor se referia
Soluções para a tarefa
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Resposta:
O cinza que vinha do asfalto, do cimento, do concreto.
eduardanalana60:
obg manooo ou manaa
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Resposta:
O cinza que o autor se referia era o cinza do concreto das casas, do asfaltos das ruas.
Espero ter ajudado.
bons estudos.
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