O trecho é de autoria de Caio Fernando Abreu.
A xícara amarela tinha uma nódoa escura no fundo, bordas lascadas. Ele mexeu o café, sem vontade. De repente, então, enquanto nem ele nem ela diziam nada, quis fugir. Como se volta a fita num videocassete, de costas, apanhar a mala, atravessar a sala, o corredor de entrada, ultrapassar o caminho de pedras do jardim, sair novamente para a ruazinha de casas quase todas brancas. Até algum táxi, o aeroporto, para outra cidade, longe do Passo da Guanxuma, até a outra vida de onde vinha. Anônima, sem laços nem passado. Para sempre, para nunca mais. Até a morte de qualquer um dos dois, teve medo. E desejou. Alívio, vergonha.
A frase do texto que sintetiza o sentimento contraditório que toma conta do personagem é
A)
“E desejou. Alívio, vergonha.”
B)
“Ele mexeu o café, sem vontade.”
C)
“Para sempre, para nunca mais.”
D)
“Ultrapassar o caminho de pedras.”
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letra c Para sempre,para nunca mais
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Letra C: "ele mexeu o café, sem vontade" trata=se do trecho do texto que expressa o sentimento contraditório que toma conta do personagem narrado pelo autor Caio Fernando Abreu.
Fica claro que o sujeito não tinha a menor intenção de tomar o café, visto que a xícara encontrava suja e aparentemente desgastada, com um aspecto visual que lhe causava nojo. Por isso ele mexeu o café, sem vontade.
Abraços!
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