O trecho a seguir foi transcrito de uma divertida crônica do também ator e
humorista carioca Gregorio Duvivier a respeito de pessoas que o ensinaram a
escrever. Leia-o e responda às questões.
Crônica de raiz
[...]
Mas nem tudo é proibição. Opa. Foi também o Paulo Henriques Britto ...
que ensinou: não tem nada de errado com a repetição. Tinham me ensinado na
escola: se você fala do cantor Roberto Carlos, na frase seguinte tem que se referir
a ele como “o Rei", e em seguida “o cantor capixaba", e em seguida o censor de
biógrafos”, e em seguida “o homônimo do lateral esquerdo”, e depois o garoto-
-propaganda da [...]”, até que findem os epítetos (no caso do Rei, vai demorar).
Paulo Britto, de novo ele, atribui a doença do epíteto a uma herança maldita
do beletrismo francês (outra proibição: usar palavras como beletrismo (não há
nada mais beletrista (quanto a parênteses dentro de parênteses, nenhum proble-
ma (mas há limites)))). A crônica é filha da fala, e na fala você não se preocupa
em evitar repetições: “Mãe, queria te desejar um feliz dia das progenitoras".
[...]
a) Com base no texto, explique o que é epiteto e sua função.
b) Por que, segundo o autor, os textos do gênero crônica não precisariam em-
pregar epítetos?
c) De acordo com o texto, a "crônica é filha da fala". Que palavra do texto é
claramente uma tentativa de aproximação da fala?
d) Para produzir humor, o cronista, apesar de afirmar a proximidade da crônica
com a fala, faz uso de um recurso próprio da modalidade escrita no segundo
parágrafo transcrito. Qual é ele? Explique como foi empregado.
rafaelasilva2680:
me ajude!!!
Soluções para a tarefa
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A) Trata-se de uma expressão associada a um nome, que o descreve ou caracteriza, para evitar repeti-lo.
B) Porque a crônica seria “filha da fala” e, portanto, poderia utilizar repetições, como acontece nessa modalidade.
C) A palavra (interjeição) opa.
D) O cronista faz uma brincadeira com o uso dos parênteses, recurso de pontuação empregado para intercalar informações adicionais em um texto escrito. Para isso, abre parênteses dentro de parênteses, de modo a criar, no final do trecho, um acúmulo de sinais, que contrasta com a informação imediatamente anterior: “mas há limites”.
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