Pedagogia, perguntado por gottardobel, 5 meses atrás

O transtorno desintegrativo da infância se torna evidente logo nos primeiros meses. As habilidades da criança se deterioram e há comprometimento cognitivo, motor e social. A condição afeta os meninos com mais frequência do que as meninas.

é verdade ou mentira?

Soluções para a tarefa

Respondido por nicollysousa78
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Verdade, eu acho não sei
Respondido por veigasimone32
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Resposta:

Parte do TEA, distúrbio costuma se manifestar após os 2 anos de idade

Recentemente, explicamos a relação da Síndrome de Asperger com o Transtorno do Espectro Autista, e hoje vamos conhecer um pouco mais sobre outro ponto no espectro: o Transtorno Desintegrativo da Infância.

Assim como no caso do Asperger, precisamos voltar ao Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais (DSM), que é a referência mundial na classificação e diagnóstico de distúrbios mentais. A quarta edição deste manual definia o autismo e o Transtorno Desintegrativo da Infância como condições diferentes dentro da categoria de Transtornos Gerais do Desenvolvimento.

Com o lançamento da nova versão do manual em 2013, o cenário mudou. O DSM-5 criou a classificação de Transtorno do Espectro Autista (TEA), que reúne o autismo, o Transtorno Desintegrativo da Infância, o Asperger e outras condições dentro de um mesmo diagnóstico. Em todos estes distúrbios, o paciente apresenta déficit na comunicação social ou interação social (como nas linguagens verbal ou não verbal e em reciprocidade socioemocional) e padrões restritos e repetitivos de comportamento, como movimentos contínuos, interesses fixos e hipo ou hipersensibilidade a estímulos sensoriais.

Mas então o autismo e o Transtorno Desintegrativo da Infância são a mesma coisa? Não exatamente.

Criança afetada perde habilidades motoras e de comunicação

Também conhecido como Síndrome de Heller, o Transtorno Desintegrativo da Infância se manifesta como uma regressão acentuada no desenvolvimento da criança com mais de dois anos de idade. Imagine o seguinte: uma mãe e um pai brincam de noite com seu filho, que fala e anda como qualquer criança de sua idade. Eles constroem um castelo e montam uma batalha travada na porta do castelo com vários bonecos. Chega a hora de dormir e o menino vai para a cama. Então, no dia seguinte, a criança acorda sem conseguir se comunicar direito, e apresenta redução das habilidades motoras (construir o castelo se torna difícil) e da capacidade de entender situações figuradas (como brincar de faz de conta).

O tempo da regressão do desenvolvimento pode variar, sendo abrupto ou mais lento de acordo com cada caso. Mas no geral, antes dos dez anos, a criança com Transtorno Desintegrativo da Infância perde as habilidades já adquiridas em pelo menos duas das seguintes áreas: linguagem (expressiva ou receptiva),  habilidades sociais, comportamento adaptativo, controle esfincteriano, as habilidades motoras e habilidade para jogos e brincadeiras. Assim como nas outras condições que formam do TEA, as causas do Transtorno Desintegrativo ainda são desconhecidas e o tratamento incluí terapias comportamentais acompanhadas por uma equipe médica multidisciplinar.

Explicação:

As causas do TEA não são totalmente conhecidas, e a pesquisa científica sempre concentrou esforços no estudo da predisposição genética, analisando mutações espontâneas que podem ocorrer no desenvolvimento do feto e a herança genética passada de pais para filhos. No entanto, já há evidências de que as causas hereditárias explicariam apenas metade do risco de desenvolver TEA. Fatores ambientais que impactam o feto, como estresse, infecções, exposição a substâncias tóxicas, complicações durante a gravidez e desequilíbrios metabólicos teriam o mesmo peso na possibilidade de aparecimento do distúrbio.

Em 1944

Hans Asperger escreve o artigo “A psicopatia autista na infância”, destacando a ocorrência preferencial em meninos, que apresentam falta de empatia, baixa capacidade de fazer amizades, conversação unilateral, foco intenso e movimentos descoordenados. As crianças são chamadas de pequenos professores, devido à habilidade de discorrer sobre um tema detalhadamente. Como seu trabalho foi publicado em alemão na época da guerra, o relato recebeu pouca atenção e, só em 1980, foi reconhecido como um pioneiro no segmento.

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