O tráfico de escravos em direção à Bahia pode ser dividido em quatro períodos: 1º) O ciclo da Guiné durante a segunda metade do século XVI; 2º) O ciclo de Angola e do Congo no século XVII; 3º) O ciclo da Costa da Mina durante os três primeiros quartos do século XVIII; 4º) O ciclo da Baía de Benin entre 1770 e 1850, estando incluído aí o período do tráfico clandestino. A chegada dos daomeanos (jêjes) ocorreu nos dois últimos períodos. A dos nagô-iorubás corresponde, sobretudo, ao último. A forte predominância dos iorubás na Bahia, de seus usos e costumes, seria explicável pela vinda maciça desse povo no último dos ciclos. VERGER, Pierre. Fluxo e refluxo do tráfico de escravos entre o golfo do Benin e a Bahia de Todos os Santos: dos séculos XVII a XIX. Tradução de Tasso Gadzanis. São Paulo: Corrupio, 1987. p. 9. (com adaptações). Os diferentes ciclos do tráfico de escravos da costa africana para a Bahia, no Brasil, indicam que a) o início da escravidão no Brasil data do século XVI, quando foram trazidos para o Nordeste os chamados "negros da Guiné", especialistas na extração de ouro. b) a diversidade das origens e dos costumes de cada nação africana é impossível de ser identificada, uma vez que a escravidão moldou os grupos envolvidos em um processo cultural comum. c) a escravidão nessa província se estendeu do século XVI até o início do século XVIII, diferentemente do que ocorreu em outras regiões do País. d) o tráfico de escravos jêjes para a Bahia, durante o ciclo da Baía de Benin, ocorreu de forma mais intensa a partir do final do século XVII até a segunda metade do século XVIII. e) os ciclos correspondentes a cada período do tráfico de diferentes nações africanas para a Bahia estão relacionados aos distintos portos de comercialização de escravos.
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Letra e.
O processo relacionado com a grande intensificação da escravidão e os ciclos correspondentes se relacionam, na realidade, com os diferentes portos de comercialização de escravos que foram estabelecidos.
Isso porque em cada momento de comercialização e período produtivo nacional, observa-se a presença de distintos portes relacionados com tal comercialização. Logo, a escravidão está relacionada com os portos existentes.
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