O texto trabalha a dualidade de religiosidade e ciência, marcada pela transição de dois momentos históricos, a Idade Média rigidamente influenciada pela Igreja Católica e o Renascimento baseado numa nova maneira de ver o mundo, onde os avanços tecnológicos desmitificam a ideia teocêntrica. Construa um pequeno texto abordando essa dualidade e faça uma comparação com os dias atuais, com a crescente influência das autoridades religiosas e as tentativas de descredenciamento das autoridades científicas.
Soluções para a tarefa
Explicação:
O Renascimento é resultado de profundas mudanças na Europa do século 14 como o fortalecimento da burguesia e crescimento das cidades
Por Redação
30 ago 2019, 16h32 - Publicado em 12 dez 2011, 22h00
A transição da Idade Média para a Idade Moderna foi marcada por inúmeras mudanças na Europa: o comércio se intensificou, as cidades se desenvolveram, a burguesia se tornou um grupo social muito poderoso, enquanto a nobreza e o clero perderam prestígio. E, como não poderia deixar de ser, tais mudanças trouxeram novas formas de viver e de pensar o mundo, o que resultou num amplo movimento artístico e científico chamado de Renascimento.
AS NOVAS TECNOLOGIAS E A CIÊNCIA
O crescimento do comércio e da produção artesanal estimulou a invenção de novas tecnologias, para que se pudessem alcançar maiores lucros. Essas inovações tecnológicas partiam da exploração da natureza, da observação e de experiências cada vez mais rigorosas, originando o que chamamos hoje de Ciência.
Os novos cientistas eram contratados tanto pela burguesia quanto pelos reis, pois estes últimos buscavam a melhoria de seus equipamentos militares a fim de se imporem como potência política (formação das Monarquias Nacionais). Novos maquinários foram introduzidos nas oficinas manufatureiras, além do grande investimento na indústria náutica, já que era através dos mares que o comércio europeu mais se expandia.
Uma outra novidade dessa época foi a introdução dos algarismos arábicos na cultura européia. Esse conhecimento foi desenvolvido no Oriente e trazido para a Europa por mercadores. A utilização dessa “ferramenta” de cálculo facilitou a contabilidade (e enriquecimento) da burguesia e, também, possibilitou o desenvolvimento do pensamento abstrato entre os cientistas.
Dentro desse espírito inventivo, em pouco tempo os cientistas desenvolveram as primeiras noções modernas da Matemática, da Óptica, da Mecânica, da Engenharia, da Medicina e da Astronomia. Os principais expoentes desse período foram: Nicolau Copérnico, Galileu Galilei, Leonardo da Vinci, Johannes Kepler e Andreas Vesálio.
OS HUMANISTAS
As Universidades européias foram criadas na Idade Média e estavam subordinadas à doutrina conservadora da Igreja Católica. Mas em meio as grandes transformações do fim da era medieval, surgiu dentro das Universidades um movimento que buscava modernizar essa instituição, propondo o ensino de novas disciplinas, chamadas de “estudos humanos”. Os defensores dessa reforma educacional foram chamados de humanistas.
Os humanistas preferiam o estudo das línguas clássicas (grego e latim) em oposição aos textos religiosos medievais. Ao traduzirem os textos clássicos, esses pensadores ajudaram a divulgar a cultura da Antiguidade: a vida urbana, o racionalismo, a biografia de grandes heróis, a história de batalhas e governos, o ideal de beleza física, a busca do luxo e do prazer pela vida e, o mais importante, a valorização do homem enquanto agente de sua própria história (antropocentrismo).
Influenciados por esses estudos humanísticos, alguns pensadores da época passaram a acreditar que estivessem vivendo um renascimento da cultura própria da humanidade, depois de um longo período em que o saber esteve voltado somente aos estudos religiosos. Daí o nome Renascimento (ou Renascença) ter sido dado a esse momento histórico.