O texto o surpreendeu ?Por quê?
Soluções para a tarefa
Explicação:
(...)Os livros de Ana Maria não querem dar lição de nada em ninguém. "A literatura não passa por ai, pelo didatismo", explica. Para ela, a literatura, assim como os jornais que sempre leu desde criança, é lugar de entretenimento, conhecimento e, claro, diversão. Esta é uma entrevista com Ana Maria Machado. Leia as perguntas e respostas abaixo. MF-Como está sua quarentena? Você já tomou a vacina contra o coronavirus? AM-Fiquei no Rio de Janeiro esse tempo quase todo. Fui rapidamente ao Espirito Santo, fiquei dois meses lá. Ai voltei e tomei a vacina no Rio. Estou esperando a segunda dose. MF-Do que você mais sente falta durante a quarentena? AM- Sinto falta de estar com as pessoas, encontrar, estar junto. Sei que sou uma privilegiada, tenho casa, comida, o que por na geladeira. Não fico me queixando. Estou muito preocupada com os outros. Mas sinto falta do contato afetivo. MF-Você escreveu estes très novos livros agora, ou eles já estavam prontos e você só está lançando? AM- Os três foram escritos durante a quarentena. Dois deles já vinham muito na minha cabeça. "O Mes mo Sonho, por exemplo, eu penso nele já há mais de 20 anos. Já tinha começado este livro três ou qua tro vezes. E de repente ele veio e saiu. Eles se relacionam e ao mesmo tempo são diferentes. MF-"O Mesmo Sonho" conta a história do menino Zeca, que quer entender como os sonhos acontecem, e combina de ter um dele. sonho em comum com seus amigos. E "A História que Eu Queria", fale um pouco 4M-(...)0 livro é sobre repertório infantil, fantasia, criatividade. Vejo que as crianças inventam mundos a partir de uma bobagem, até. E as crianças deste livro inventam o que vão ler. MF-E o "Igualzinho a Mim^ prime ? AM - C ..)Eu queria discutir a noção de que somos parecidos. A criança ve isso, que a gente é igual, mes mo sendo diferente. E ela faz isso com muita naturalidade. No primeiro momento, a criança não vê a diferença, ela vé a igualdade. Depois a sociedade vai mostrando diferenças. A criança fica muito preo cupada de ver pobreza, por exemplo. Eu queria trabalhar com esse assunto, enfatizando a igualdade na diferença, e fazendo com que cada um ao ler se pergunte como uma criança tem dois pais, como uma criança não tem ninguém, por que há diferenças de familia, de classe social, de temperamento etc. MF-Ana, você contou que lia jornal desde pequena. Qual a importância de crianças lerem jornais, na sua opinião? AM- Em casa tinha vários jornais diferentes, e uma gracinha que eu fazia e todo mundo achava boniti nho era que me diziam para ir pegar o Jornal do Brasil, ou o Correio da Manhã, e eu conhecia um por um pelo logotipo. Depois, fui reconhecer pela repetição das letras. Minha mãe me mostrava os sons que a combinação das letras fazia. Quando eles perceberam, eu estava lendo, e a noção é de que ninguém tinha me ensinado. Não existia livro infantil naquela época. Eu estava aprendendo era no jornal. O jornal da essa intimidade com a palavra, e a intimidade de ver as noticias. A gente lia e ficava sabendo de tudo que estava acontecendo, quem ganhou o jogo de futebol ou a guerra que estava acontecendo no outro canto do mundo. Eu acho que é muito importante ter jornal e a criança se acostumar, porque o jornal é diferente do noticiario da TV, que a gente tem que tomar conhecimento no horário deles. O jornal está ali durante o dia todo, você pode chegar e ler quando quiser. E. aos pouquinhos, você vai descobrindo onde fica cada coisa no jornal. Meus filhos liam primeiro o esporte, enquanto eu lia politica e economia. Tem muita coisa variada, jornal é muito variado, e você é dono daquele espaço. Jornal é um espaço de liberdade.