História, perguntado por CleithonPB6980, 10 meses atrás

O texto abaixo trata do regime do colonato predominante nas fazendas de café do Oeste paulista.a) Explique a diferença entre a exploração do trabalho vigente sob o escravismo e aquela vigente sob o capitalismo. b) Analise por que o colono tinha a ilusão de que o que recebia pelo café por ele entregue ao fazendeiro correspondia ao valor de seu trabalho.

#UFF

Anexos:

Soluções para a tarefa

Respondido por EduardoPLopes
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A - No escravismo havia, além da desigualdade econômica, a desigualdade jurídica, de modo que os escravos eram considerados juridicamente inferiores aos seus senhores, não tendo direitos civis.

Desta diferença jurídica surgem todas as outras: no capitalismo existem salários, proteções trabalhistas, direitos individuais e uma série de medidas que devem ser obedecidas pelos empregadores.

B - Isto se dava sobretudo por razões ideológicas, já que o modelo capitalista leva consigo a reprodução de uma ideologia, um conjunto de crenças que o sustentam e que são difundidas pelos grupos dominantes em uma sociedade capitalista, que fazem crer naquilo que sustenta este modelo.

Respondido por ramoneoliveirasouza1
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Resposta:

LETRA "A" O candidato poderá falar que, sob o escravismo, o fundamento da exploração do trabalho residia na violência física, na coerção extraeconômica explícita, sendo ele mesmo um bem de propriedade do senhor, uma mercadoria como outra qualquer, numa relação totalmente desigual, assegurada pela propriedade de sua pessoa por parte do senhor. Já no capitalismo, o candidato deve mencionar, dentre outros fatores, que a exploração baseava-se numa coerção puramente econômica, que o compelia a vender o único bem que possuía: sua força de trabalho. Além disso, pode mencionar que tanto trabalhadores como patrões eram juridicamente livres e iguais, e que no ato do assalariamento, um vendia e outro comprava, uma mesma mercadoria: a força de trabalho do assalariado. Ademais, o pagamento de salários dava ao trabalhador a sensação de que estava sendo, de fato, justamente remunerado pelo trabalho realizado, julgando que esses salários cobriam as necessidades de reprodução de suas condições de vida e de sua força de trabalho.

LETRA "B"

O candidato poderá mencionar, dentre outros aspectos, que o colono tinha a ilusão de que aquilo que recebia ao entregar ao fazendeiro as sacas de café colhido correspondia, de fato, ao valor de seu trabalho, porque lhe era permitido plantar suas roças de subsistência, fosse no intervalo entre os cafeeiros, fosse em alguma área da

fazenda. Com isso, supunha que o trabalho com o cafezal – desde o trato até a colheita do produto – era a pré-

condição para ter suas roças. Essas sim, correspondentes ao trabalho necessário à reprodução de sua força de trabalho. Assim, o café entregue ao fazendeiro, era puro trabalho excedente, embora o colono, em sua ilusão, não percebesse tal dinâmica de exploração. O candidato também poderá mencionar que o colono ficou “no meio do caminho”, porque ele nem era coagido pela violência física a trabalhar no cafezal – já que era um homem livre – nem sofria uma coerção puramente econômica para vender sua força de trabalho, já que ele podia reproduzi-la através do cultivo de suas roças de produtos de subsistência. Em suma: o colono nem era escravo, nem tampouco um assalariado capitalista típico.

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