História, perguntado por swaygay, 6 meses atrás

O texto a seguir foi retirado de uma matéria da revista Superinteressante. Leia-o e responda as questões.
O maior símbolo da resistência africana à colonização foi uma mulher. Rainha do Ndongo, atual Angola, Nzinga Mbandi (1582-1663) entrou para a história como combatente destemida, exímia estrategista militar e diplomata astuciosa. Ela chefiou pessoalmente o exército até os 73 anos de idade e era tão respeitada pelos portugueses que Angola só foi dominada depois da sua morte, aos 81 anos.
Falar de Nzinga é falar de um mundo ao mesmo tempo muito distante e muito próximo. Ela nasceu entre os africanos de língua bantu, os mesmos que, escravizados no Brasil, criaram o samba e a capoeira. Seu povo está, portanto, na raiz da nossa identidade nacional. A sociedade a que ela pertencia, no entanto, é bem pouco conhecida. (...)
ambém não faltam contradições curiosas em sua biografia. Nzinga lutou contra a escravidão do seu povo, mas vendeu os próprios escravos – prisioneiros de guerra – para os portugueses. Defendeu a religião do seu reino, mas adotou muitos costumes católicos. Abraçou uma cultura diferente só para aproveitar o poderio militar dos jagas. Tinha tudo para fracassar, mas tornou-se uma das maiores governantes da história da África. Por fim, conseguiu manter a independência do seu povo durante todo o
reinado e hoje permanece uma figura central na cultura de Angola (...)
a) Explique por que o autor afirma que “falar de Nzinga é falar de um mundo ao mesmo tempo muito distante e muito próximo”.

b) Como era possível a Nzinga ser contrária à escravidão e praticá-la?

c) Explique as diferenças entre a escravização praticada na África antes e depois da chegada dos europeus.

Soluções para a tarefa

Respondido por PudimHappy
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a) O reino de Ndongo (atual Angola), governado por Nzinga está distante no espaço (fica na África e o Brasil na América) e no tempo: estamos no século XXI e ela reinou entre os séculos XVI e XVII. No entanto, esse reino é muito próximo de nós porque de lá saíram muitos africanos que vieram para o Brasil que, ainda na condição de escravizados, compartilharam sua cultura e deixaram marcas importantes em nossa forma de viver – por isso, é tão próximo.

b) Nzinga lutou contra a escravização de seu povo, criando obstáculos ao tráfico que tentava alcança-los. No entanto, seu povo escravizava pessoas de outros grupos. Ou seja, quem não pertence ao meu grupo não é visto na mesma condição humana de quem me é próximo. Essa distinção foi praticada em muitas sociedades, desde a antiguidade, em vários continentes e também em Ndongo.

c) A principal diferença é a escala comercial que o tráfico europeu alcançou. Capturar e comercializar seres humanos passou a ser um negócio específico e muito lucrativo, com companhias dedicadas a esse negócio. A escravização africana tinha dimensões menores – voltadas a grupos inimigos e a devedores. O escravizado tinha mais possibilidades de ser incorporado à família de seu di=ono e de obter a liberdade, que os escravizados mercadoria.


swaygay: obgggggg
Respondido por 0Duda
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Resposta:

GABARITO

a) O reino de Ndongo (atual Angola), governado por Nzinga está distante no espaço (fica na África e o Brasil na América) e no tempo: estamos no século XXI e ela reinou entre os séculos XVI e XVII. No entanto, esse reino é muito próximo de nós porque de lá saíram muitos africanos que vieram para o Brasile que, ainda na condição de escravizados, compartilharam sua cultura e deixaram marcas importantes em nossa forma de viver – por isso, é tão próximo.

b) Nzinga lutou contra a escravização de seu povo, criando obstáculos ao tráfico que tentava alcança-los. No entanto, seu povo escravizava pessoas de outros grupos. Ou seja, quem não pertence ao meu grupo não é visto na mesma condição humana de quem me é próximo. Essa distinção foi praticada em muitas sociedades, desde a antiguidade, em vários continentes e também em Ndongo.

c) A principal diferença é a escala comercial que o tráfico europeu alcançou. Capturar e comercializar seres humanos passou a ser um negócio específico e muito lucrativo, com companhias dedicadas a esse negócio. A escravização africana tinha dimensões menores – voltadas a grupos inimigos e a devedores. O escravizado tinha mais possibilidades de ser incorporado à família de seu di=ono e de obter a liberdade, que os escravizados mercadoria.

HABILIDADE:  

(EF07HI14) Descrever as dinâmicas comerciais das sociedades americanas e africanas e analisar suas interações com outras sociedades do Ocidente e do Oriente.

(EF07HI15) Discutir o conceito de escravidão moderna e suas distinções em relação ao escravismo antigo e à servidão medieval.

Explicação:

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