O texto a seguir faz referência à variedade linguística presente na Língua Portuguesa. Leia-o com atenção para responder ao que se pede.
A variação é inerente às línguas, porque as sociedades são divididas em grupos: há os mais jovens e os mais velhos, os que habitam numa região ou outra, os que têm esta ou aquela profissão, os que são de uma ou outra classe social e assim por diante. O uso de determinada variedade linguística serve para marcar a inclusão num desses grupos, dá uma identidade para os seus membros. Aprendemos a distinguir a variação. Quando alguém começa a falar, sabemos se é de São Paulo, gaúcho, carioca ou português. Sabemos que certas expressões pertencem à fala dos mais jovens, que determinadas formas se usam em situação informal, mas não em ocasiões formais. Saber uma língua é ser “poliglota” em sua própria língua. Saber português não é só aprender regras que só existem numa língua artificial usada pela escola. As variações não são fáceis ou bonitas, erradas ou certas, deselegantes ou elegantes, são simplesmente diferentes. Como as línguas são variáveis, elas mudam.
FIORIN, José Luiz. Os Aldrovandos Cantagalos e o preconceito linguístico. In: O direito à fala. A questão do preconceito linguístico. Florianópolis. Editora Insular, pp. 27, 28, 2002.
Sabemos que muitas vezes as pessoas são discriminadas por não usarem a variante formal/culta da língua. Isso acontece também na sala de aula. Qual deve ser a postura do professor de língua materna em relação a esse preconceito na sala de aula? Assinale a alternativa que melhor responda a essa pergunta.
1 Deve privilegiar a variedade da língua usada pelas pessoas ditas escolarizadas, uma vez que esta é a variante cobrada nas diversas situações comunicativas.
2 Deve mostrar ao aluno que tanto a variante que ele trouxe da casa quanto a variante culta estão certas, mas cada uma delas será adequada em determinadas situações de comunicação.
3 Deve partir do uso da gramática teórica que servirá de apoio para o aluno e que deve ser objeto de ensino nas atividades de sala de aula.
4 Deve privilegiar a gramática normativa, pois o ensino da norma culta é importante para garantir ao aluno a capacidade de lidar com as situações comunicativas do cotidiano.
5 Deve ensinar que a única forma aceitável de uso da língua é o da forma culta, mesmo sabendo que a língua varia de acordo com o espaço, o nível cultural e a situação do indivíduo.
Soluções para a tarefa
Resposta:
2 Deve mostrar ao aluno que tanto a variante que ele trouxe da casa quanto a variante culta estão certas, mas cada uma delas será adequada em determinadas situações de comunicação. Boa sorte...
Explicação:
A alternativa 2 é a correta.
Em relação ao preconceito linguístico em sala de aula, o professo deve mostrar aos alunos que tanto a variante linguística que ele trouxe de casa quanto a variante culta, ensinada nas escolas, estão certas.
Ele só deve tomar o cuidado de deixar claro qual variante é adequada para determinadas situações de comunicação.
Deve-se pensar na língua como uma roupa.
Então, você não vai à praia de terno, né? Nem a uma entrevista de emprego de bermuda e camiseta.
Da mesma forma é a língua. Devemos utilizar a variante que mais é adequada a cada situação.
Com os amigos, pode-se usar a linguagem informal; numa apresentação de trabalho, a linguagem formal.
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