Português, perguntado por lipesouzamendonca200, 10 meses atrás

. O texto a seguir é uma transcrição, tão fiel quanto pos-

sível, de uma fala, provavelmente feita de improviso,

do apresentador de TV Fausto Silva. No calor da hora,

ele dá a própria opinião sobre a sequência de protes-

tos populares que, tirando largo proveito do poder de

mobilização das redes sociais, passaram a tomar as

ruas das principais cidades brasileiras semanas antes,

a partir do mês de junho de 2013.

Em muitas ocasiões, houve forte repressão policial; em

outras, saques e depredações, inclusive com mortes e

feridos gravemente, o que causou muita discussão a

respeito da validade ou não desse tipo de mobilização

popular. Alguns grupos de manifestantes passaram a

usar máscaras e capacetes, tanto para tentar se prote-

ger dos gases usados pelo efetivo policial, quanto para

dificultar sua identificação a partir de imagens.

Na transcrição, optamos por, em vez de tentar mimetizar

a pronúncia regional do apresentador, adotar a grafia

oficial das palavras, excetuados alguns coloquialismos

já consagrados.

Programa “Domingão do Faustão”

Domingo, 24 de junho de 2013.

“Afinal, o Brasil do real caiu na real. O jovem brasi-

leiro, com inteligência, coragem, foi às ruas e deu uma

virada, uma chacoalhada nesse país. Por isso, esse jo-

vem brasileiro envolveu todas as classes, todas as ida-

des, todos os sexos. Por que isso aconteceu? Por que a

vida inteira você ouvia dizer o quê? Esse era um país de

povo alienado, povo desinformado, povo frouxo, que o

brasileiro era passivo. O brasileiro vai continuar a partir

de agora pacífico, mas nunca mais um povo passivo. Por

quê? Porque esse povo sabe que ao ir às ruas, contestar,

protestar, ele tá construindo, tá consertando o Brasil, e

agora a classe política, os governos, municipal, estadual,

federal, o poder judiciário, nós todos, profissionais, os

mais velhos, os mais novos, não importa, todo o mundo

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vai saber que o Brasil mudou, e mudou em uma semana,

duas semanas, três semanas, mudou pra valer. Não é

porque foi só essa vez.

De agora em diante é hora da galera saber o seguinte:

numa democracia, numa democracia quem manda é você

que paga imposto, você tem que ser respeitado, respeitado

pela autoridade, respeitado pela polícia. Por isso que eu

sempre digo aqui, a polícia, pessoal de saúde, professor,

especialmente, são professores, são profissões, essas pro-

fissões têm que ser muito valorizadas. Eu sempre falei

isso aqui, professor, pessoal da saúde, polícia, por quê?

Eles têm que estar sempre muito bem preparados, por

isso que agora o Brasil virou uma página e essa página

não volta para trás, não, é daqui pra frente, que a galera

sabe, especialmente quem tá mandando sabe que a chapa

tá quente, tá fervendo, e não vai ser mais assim.

Porque aqui, por exemplo, vocês vão ter um painel do

que a galera acha, do que a galera pensa, são pessoas do

Rio, São Paulo, do ahhn, Minas Gerais, talvez até outros

estados, e todo mundo fica falando “Ah, não, tá faltando

foco”. Que foco, pô! Pô, a galera sabe o que precisa, são

vários focos, o país vai bem na educação? Vai bem na

saúde? Vai bem na segurança? Vai bem no transporte?

Vai bem no serviço público? Então essa galera que foi pras

ruas foi pra mostrar tudo isso e a partir de agora, dentro

da ordem, dentro do espírito democrático, virar o jogo no

país, com a mesma força, o mesmo equilíbrio, e combater

vândalos, porque quem vai pra protestar, quem vai pra

rua, vai de cara limpa. Quem vai de cara escondida, vai

pra destruir, isso é coisa de bandido!”

Disponível em: .

Acesso em: 27 abr. 2015. Adaptado.

Podemos considerar essa fala predominantemente dis-

sertativa, pois o apresentador assume um posiciona-

mento a respeito de uma questão bastante polêmica e

apresenta argumentos em defesa de sua interpretação.

Repare que o texto pode ser dividido em três momen-

tos principais: (1) inicialmente, o apresentador assumiu

um posicionamento favorável ao movimento de mo-

bilização política que tomou as ruas e parou diversas

cidades, abordando possíveis consequências positivas

das manifestações. (2) Em seguida, refutou um dos mais

comuns argumentos dos que se posicionaram contra

o movimento e, por fim, (3) acrescentou uma ressalva.

Entretanto, é importante lembrar que, em um discur-

so falado de improviso, tanto a seleção e organização

dos dados expostos quanto a linguagem tendem a se

afastar dos rigores formais que comumente são exigidos

dos gêneros escritos. De fato, notam-se digressões e

imprecisões na fala do apresentador.

Releia a transcrição e sintetize-a em um texto dissertativo

escrito, com cerca de 15 linhas. Faça as adaptações

necessárias para adequá-la ao gênero escrito formal.

Selecione e organize os dados mais relevantes de cada

um dos momentos da fala, procurando reforçar a argu-

mentação do apresentador.

Soluções para a tarefa

Respondido por cadoeduardo8402
4

Resposta:

num sei

Explicação:

mano é sério cara

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