O sentido da vida sempre foi um dos mais interessantes questionamentos do pensamento filosófico. Segundo o filósofo Thomas Nagel, uma das formas de encarar o sentido da vida é concluindo que ela é absurda, o que ele chama de absurdidade da vida, no entanto, a falta de um sentido na vida implica em alguns efeitos sobre nós. Analise as afirmações a esse respeito:
Soluções para a tarefa
Olá,
Completando: I – A nossa vida não é absurda meramente porque não tem sentido. O que a leva à absurdidade é a dupla apreensão de que a seriedade com que levamos a nossa vida não é justificada, e de que não podemos parar de levá-la a sério.
II – A falta de sentido da vida não nos impede de existir, pois continuamos a nos mover, agir e pensar, mesmo frente às incertezas, as quais demonstram a nossa humanidade.
III – A percepção de que a vida é absurda é fato intolerável pelo ser humano culminando sempre na sessão das atividades fundamentais da existência e muitas vezes no suicídio.
IV – Percebermo-nos como pontos infinitesimais em um cosmos infinito e a percepção de que a qualquer momento qualquer um de nós pode estar morto são exemplos de pensamentos que nos levam a refletir no quanto a vida é absurda.
Escolha uma: a. As assertivas II e III / b. As assertivas I, II e IV / c. As assertivas I e IV / d. As assertivas II, III e IV / e. As assertivas I, III e IV
RESPOSTA:
I. Verdadeiro. O que torna a vida ainda absurda é o fato de que o homem busca sempre agir com extrema seriedade acerca de sua própria vida, sendo que não consegue deixar de fazer isso.
II. Verdadeiro. É integralmente verdadeira a afirmação de que a falta de sentido da vida não nos impede de existir; independentemente de quanto isso possa frustrar alguém.
III. Falso. A ideia de que a vida é absurda não precisa ser intolerável ao ser humano, sendo que ela faz parte da própria filosofia, e pode ser uma ferramenta para que deixemo-nos de nos levar tão a sério.
IV. Verdadeiro. Se nos percebemos como pontos infinitesimais em um cosmos infinito, então podemos refletir sobre o quanto a vida é absurda.
Letra B. I, II e IV.
Abraços!
Resposta:
É possível ter em mente que Nagel está a justificar o absurdo pelo fato de estarmos impelidos a agir, e que a busca por sentido não é um elemento primordial a nos fazer existir. Como aponta o autor, o que nos ampara, tanto na crença como ao agir, não é a razão ou a justificação, mas algo mais básico - pois continuamos do mesmo modo, mesmo depois de nos convencermos de que as razões deram conta de explicar aquilo sobre o que nos debruçamos. Desta forma é possível apontar que a sensação de absurdo encontra a sua expressão natural resulta da nossa capacidade para compreender as nossas limitações humanas