O senso comum quais são as relações da filosofia com ela
Soluções para a tarefa
Na nossaexistência cotidiana fazemos uso de uma série indeterminada de conhecimentos, exercemos constantemente nossa capacidade de avaliar situações, pessoas e coisas do mundo à nossa volta. Negamos, desejamos, aceitamos ou recusamos a partir de uma base de conhecimento comum, que entendemos ser de domínio de todos e da qual não duvidamos.
Esta base de conhecimento nos informa modos de ação e comportamentoem cada uma das várias circunstâncias em que podemos nos encontrar no nosso dia a dia: escola, trabalho, cinema, casa, etc.Esta base comum de fundamental importância na nossa vida diária origina-se da experiência cotidiana e é adquirida de forma espontânea através de nosso contato com situações, pessoas e coisas da realidade circundante; a partir dos costumes, práticas e tradições da cultura aqual nos encontramos ligados. A esta tipo de conhecimento compartilhado denominamos de senso comum.
Todos nós somos dotados de um senso comum, não obstante o fato de que este varie de sociedade para sociedade, de grupo social para grupo social ou, até mesmo, de grupo profissional para grupo profissional.Adquirido desde a nossainfância, apresenta-se como um saber imprescindível, sem o qual nãoseria possível nos orientar em nossas atividades mais corriqueiras.
No entanto, embora seja de fundamental importância, este tipo de saber é limitado, podendo ser caracterizado como uma leitura superficial da realidade circundante. Os dados com os quais operamos a partir deste tipo de conhecimento são, por assim dizer, os mais básicos da nossa consciência, caracterizando-se como aquilo que ofilósofo alemão Edmund Husserl (1859-1938) chama de atitude natural. O brasileiro Newton Aquiles von Zuben define esta leitura superficial da realidade
dizendo que:
A atitude natural é aquela na qual habitualmente vivemos. Nesta atitude estamos abertos e dirigidos para a realidade exterior, para o mundo no qual existimos circundados por coisas, pessoas e fatos. Caracteriza esta atitude a crença espontânea nesta realidade. Aceita-se, comumente, que cada homem possui um conjunto de representações do mundo, ideias gerais, ou, no sentido vulgar, uma “filosofia espontânea".