o sedentarismo saúde e o lazer tem alguma relação?
Soluções para a tarefa
claro que não nada a ver
Resposta:
O presente estudo1 preocupa-se com a qualidade de vida das crianças, e, com a relação entre esta qualidade de vida e a cultura de lazer. Para o seu desenvolvimento é abordada a mobilidade social, a qual compreende a passagem de um indivíduo, ou de um grupo, de uma posição social para outra, dentro de uma multiplicidade de grupos e de estratos sociais. E também a mobilidade cultural, que, por sua vez, compreende um deslocamento similar de significados, normas, valores e vínculos.
A mobilidade social, quando da perspectiva vertical ascendente, é tida como sinônimo de melhora na qualidade de vida. Sob muitos aspectos essa relação é incontestável, pois, junto com esta mobilidade tem-se o aumento do poder de aquisição, maior acesso a bens e serviços, à tecnologia, ao conforto, melhores condições de moradia e de alimentação. Contudo, sob outros aspectos, esse mesmo contexto pode significar não apenas fatores positivos, mas também problemas no que diz respeito à saúde, e, portanto, à qualidade de vida. Frente a aspectos físico-culturais de lazer, ou, em outras palavras, de existência ativa e cultural, é possível enxergar alguns problemas.
Tendo como base a mobilidade social intergeracional – sempre em observância ao princípio vertical ascendente – e, com isso, elegendo como objeto de observação as diferenças entre o estilo de vida das crianças de hoje e o estilo de vida de seus pais – quando na idade dessas crianças –, o sedentarismo, provavelmente, vai pesar negativamente – nesta análise – para o lado das crianças de hoje.
Certamente que os resultados vão variar em função do nível social de origem e o de destino eleitos como fonte de observação. O entendimento, contudo, é de que a grande mudança – alteração em relação ao estilo de vida das crianças em um contexto de mobilidade cultural – é verificada entre as camadas sociais em que as crianças estudam em escolas públicas e as camadas em que as crianças estudam em escolas particulares. Dessa forma, a delimitação do objeto de estudo se dá em torno desses dois estratos. Ou seja, o foco de investigação está na mobilidade social intergeracional em que o pai, ou os pais, vieram de uma classe social em que as crianças estudam em escolas públicas, e passaram a uma classe em que as crianças estudam em escolas particulares