O seculo XIX do po to de vista historico pode ser caracterizado como a era
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Resposta:
Todos os cidadãos, independentemente de sua riqueza, podiam participar da política. No entanto, é preciso deixar claro: eram cidadãos em Atenas apenas os homens, adultos (com mais de 18 anos), filhos de pai e mãe atenienses. Escravos, mulheres, crianças e estrangeiros não eram cidadãos, portanto, não podiam participar da política.
Dessa forma, sem a autoridade de um rei, criou-se uma disputa oratória entre cidadãos, um combate de argumentos na Ágora. A escrita, por sua vez, não era mais privilégio de um pequeno grupo. Um mundo permeado pelo debate tornou-se um ambiente fértil para o surgimento da filosofia. Segundo o historiador francês Jean-Pierre Vernant, “o que implica o sistema da pólis é uma extraordinária proeminência da palavra sobre todos os outros instrumentos do poder. A palavra constitui o debate contraditório, a discussão, a argumentação e a polêmica. Torna-se a regra do jogo intelectual, assim como do jogo político”.
Além disso, é preciso notar que a filosofia foi, de maneira geral, exclusiva de uma elite grega. E, como se sabe, a elite grega tinha repulsa por toda forma de trabalho manual, visto como tarefa de escravos. Sem dúvida, boa parte da riqueza cultural da Grécia antiga se deve à escravidão, uma vez que ela liberou os gregos do trabalho manual e permitiu a eles dedicarem enorme tempo à política, aos esportes ou à filosofia. Sendo assim, a escravidão pode seguramente ser considerada uma das causas do avento da filosofia no mundo antigo por permitir o “ócio produtivo”, que gerava o conhecimento.
Outro fator importante para o surgimento da filosofia na Grécia antiga diz respeito aos aspectos geográficos da região, uma vez que as cidades-estado se localizavam em uma área voltada para o mar, sendo via de comunicação e de comércio com outros povos. Certamente, a troca de culturas efervescentes na Grécia incentivou a abertura para a troca de conhecimentos e o florescimento do pensamento filosófico.
Por fim, cabe notar que a cultura grega já era caracterizada por uma valorização do ser humano, de sua beleza, de suas capacidades, como se nota nas artes. Enquanto as estátuas egípcias e orientais centravam-se nos deuses, a escultura grega também tinha o homem no centro de suas preocupações, e caracterizou-se justamente por representar o movimento, os indivíduos, os músculos de um atleta, buscando a harmonia e a proporção. A Grécia antiga, portanto, já possuía uma cultura antropocêntrica, ou seja, que valorava o homem e suas capacidades.