o romantismo brasileiro serviu a expressão da burguesia
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O Romantismo brasileiro surgiu poucos anos depois de nossa independência política, em 1822. Esse fato histórico aflorou nos intelectuais da época uma grande necessidade de criar uma cultura genuinamente brasileira e antilusitana, distante dos moldes literários portugueses, que não retratavam a realidade de nosso país. Além de ser uma reação à tradição clássica, o Romantismo foi também um movimento anticolonialista que em muito contribuiu para a formação de nossa identidade cultural.
Em virtude da necessidade de criar uma literatura identificada com nossas raízes históricas, linguísticas e culturais, nossos escritores românticos desenvolveram aquele que seria um dos traços essenciais do Romantismo: o nacionalismo. A partir do nacionalismo, tema que orientou o movimento, outras temáticas puderam ser exploradas, entre elas o indianismo, o regionalismo, a pesquisa histórica, folclórica e linguística, além da crítica aos problemas nacionais.
Tradicionalmente, o Romantismo brasileiro é dividido em três diferentes fases, também chamadas de gerações. Essa divisão diz respeito, sobretudo, à poesia romântica, já que a prosa do período reúne características das três gerações. São elas:
● Primeira geração: nacionalista, indianista e religiosa. Nessa fase, ganharam destaque os escritores Gonçalves de Magalhães e Gonçalves Dias;
● Segunda geração: o sofrimento, a dor existencial, a angústia e o amor sensual e idealizado foram os principais temas da literatura produzida durante a segunda fase do Romantismo. Seus principais representantes foram Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Fagundes Varela e Junqueira Freire;
● Terceira geração: o Condoreirismo, importante corrente literária que marcou a terceira geração da poesia romântica no Brasil, teve como principal representante o poeta Castro Alves, cujo engajamento na poesia social lhe rendeu a alcunha de “poeta dos escravos”