O RIO TIETÊ
O Tietê passou a ser considerado o curso d’água que, melhor do que qualquer
outro monumento, representava o espírito da capital dos paulistas, mesmo sendo o
curso preferencial de escoamento dos esgotos urbanos. Durante muitos anos, o rio foi
a única via de acesso ao interior da província de São Paulo e, embora não navegável
em alguns trechos, se tornou o caminho mais rápido para se atingir o Estado do Mato
Grosso. Além de sua importância histórica, possui considerável significado econômico,
ligado principalmente à produção de energia hidroelétrica imprescindível para o maior
parque industrial da América do Sul. Também foi um local de lazer e entretenimento,
porém, desrespeitado pela cidade, se transformou em “esgoto a céu aberto”.
Até o século XVII, o Tietê era chamado de Anhembi. Historiadores e homens
da época consideram que o nome é derivado de uma ave muito comum na região, as
anhumas, significando rio das Anhumas. Com o passar do tempo, percebe-se que o
Tietê é um local de incursão, tendo em vista a pobreza da capitania, pouco ligada à
metrópole. O sertão parece fornecer a possibilidade de riqueza. O rio era misterioso,
pois corria terra à dentro. Inicia-se o Ciclo das Monções.
As monções eram expedições fluviais povoadoras e comerciais que partiam
do porto de Araritaguaba, na cidade paulista de Porto Feliz, região de Sorocaba. A
expressão significa vento favorável à navegação. A descoberta das minas nas
cercanias de Cuiabá iniciou o período de grande euforia das Monções. Nessa época,
o Tietê foi o caminho dos aventureiros que, em busca do sonho dourado, fundavam
povoados à sua margem. Na manhã da partida era rezada uma missa para o sucesso
da missão. Todos iam ao porto onde as embarcações recebiam a benção.
A monção partia com salvas de mosquetes e aclamação da multidão que observava
as margens do rio. As viagens eram perigosas e nos rios, cheios de obstáculos,
costumavam acontecer naufrágios, doenças, ataques de índios. As comitivas de
canoas partiam com dezenas e até centenas delas saíam de Araritaguaba (ou Porto
Feliz).
O rio foi importante até o século XIX quando homens preferem as tropas de
mulas, menos perigosas. No final do século XIX e início do XX desenvolveu-se a
prática esportiva e, embora a poluição já fosse um problema no Tietê nas primeiras
décadas do século XX, ainda não havia comprometido tão grave.
RESPONDA:
a) Além de sua importância histórica , destaque outros fatores que
tornam o rio Tietê importante.
b) Até o século XVII, como era chamado o rio Tietê? Comente.
c) O que eram as monções?
d) Como as monções partiam?
e) Até quando o rio Tietê foi importante?
ATIVIDADE COMPLEMENTAR: Faça na sua apostila SEFE- 1º Bimestre as páginas 144
e exercício 2 da página 145.
Se você já realizou esta atividade, não precisa realizar novamente!!!
Soluções para a tarefa
Resposta:
a) R= O Rio Tietê é um dos mais conhecidos da América Latina e do mundo e possuí uma enorme importância econômica para a região Sudeste, principalmente para o Estado de São Paulo. O rio é conhecido principalmente por atravessar a maior metrópole da América Latina.
b) R= Até o século XVII, o Tietê era chamado de Anhembi. Historiadores e homens da época consideram que o nome é derivado de uma ave muito comum na região, as anhumas, significando rio das Anhumas.
c) R= As chamadas monções foram expedições fluviais que, entre a segunda década do século XVIII e a primeira metade do século XIX, mantiveram contato entre a capitania de São Paulo e a capitania de Mato Grosso, no Brasil. Monção é uma palavra de origem árabe e é como se chamam os ventos característicos do Sudeste Asiático.
d) R= As monções eram expedições fluviais povoadoras e comerciais que partiam do porto de Araritaguaba, na cidade paulista de Porto Feliz, região de Sorocaba.
e) R= Ao contrário da maioria dos rios brasileiros, o Tietê se volta para o interior e não para o oceano, caracterizando, dessa forma, um rio com drenagem endorreica,[4] característica que o tornou um importante instrumento na colonização do Brasil,[5][6] A sua nascente fica a 1 120 metros de altitude, na Serra do Mar, mas apesar de estar a apenas 22 quilômetros do litoral, as escarpas da serra obrigam-no a fluir em sentido inverso, atravessando o estado de sudeste a noroeste até desaguar no lago formado pela barragem de Jupiá, no rio Paraná, na divisa com o estado do Mato Grosso do Sul,[1] entre os municípios de Itapura e Castilho, cerca de 50 km a jusante da cidade de Pereira Barreto.
Espero ter ajudado :)