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O revisionismo histórico é uma ferramente utilizada para (re)escrever e alterar visões consideradas consagradas pela historiografia e pela memória coletiva. Seu uso faz parte do ofício do historiador, tornando-se necessário quando o aparato teórico e metodológico é revisto pelos historiadores. Entretanto, seu uso é amplamente debatido e criticado no meio acadêmico quando é associado a formas de expressão do negacionismo histórico.
Qual alternativa abaixo reflete o debate e problemáticas atuais desse contexto?
A.
O conhecimento histórico é um saber produzido e acabado, não sendo necessário "reescrever" a História, uma vez que visões consagradas pela historiografia sustentam-se por contra própria.
B.
O conhecimento sobre o passado reflete os anseios e visões da sociedade no presente, mostrando as forças contraditórias que tornam possível a interpretação anacrônica do passado.
C.
É impossível obter um conhecimento verídico sobre o passado, uma vez que as fontes primárias estão repletas de preconceito dos autores que a produziram, sendo impossível qualquer forma de conhecimento histórico.
D.
A História não se preocupa em demonstrar ou entender o passado, uma vez que o conhecimento de eventos passados é uma prática comum a todos os povos, não sendo necessária a organização de um campo específico para tanto.
E.
O revisionismo é aliado do negacionismo, correndo risco de silenciar e falsificar o conhecimento sobre o passado, servindo a propósitos políticos e ideológicos que geralmente refletem o posicionamento de grupos dominantes.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Resposta E
O revisionismo é aliado do negacionismo, correndo risco de silenciar e falsificar o conhecimento sobre o passado, servindo a propósitos políticos e ideológicos que geralmente refletem o posicionamento de grupos dominantes.
Explicação:
Por que esta resposta é a correta?
A prática historiográfica demonstra que não existe um conhecimento "pronto e acabado". O conhecimento sobre o passado reflete os anseios e dúvidas vividas no presente e não pode ser realizado de maneira anacrônica. Os usos do passado devem ser feitos dentro de uma prática historiográfica que compreenda a dinâmica social do período histórico estudado. Da mesma forma, o conteúdo das fontes deve ser analisado criticamente, levando em consideração o lugar social do autor e qual sua intencionalidade ao produzir o documento. Essas especificidades singularizam os eventos e relativizam o ocorrido. O papel social dos historiadores e da História demonstra uma atitude crítica sobre o passado, que não deve estar sujeita a interesses políticos e ideológicos sobre a sociedade. Portanto, a crítica das fontes, autores e propósitos é o que torna possível um conhecimento histórico sobre o passado, que desvenda os interesses dos lugares de produção das fontes.