Português, perguntado por francisco444, 10 meses atrás

o resumo sobre o livro "A morte e os Gêmeos".
Eu preciso muito mesmo saber o que posso inventar para o um final desse livro que minha professora não quis falar!

e muito obrigado a quem responder!!! ​

Soluções para a tarefa

Respondido por anonimo5131
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Resposta:

Há muito tempo, quando os bichos falavam e o sol e a Lua nasciam juntos, um casal teve gêmeos. Pedro e Paulo, exatamente à meia-noite. Uma velha advinha, conhecida da família, disse que Pedro morreria aos vinte anos. Então os pais resolveram confundir a Morte: passaram chamar Pedro de Paulo Pedro e Paulo, Pedro Paulo.

Quando os gêmeos completaram vinte anos, Paulo Pedro se escondeu num armário, desde manhã cedinho. Disse para mulher:

-Se me procurarem, diga que fui viajar.

A Morte foi até a casa dele antes da meia-noite – como sempre, vestida de preto, a caveira escondida pelo capuz e a gadanha na mão direita. Quando a mulher de Paulo Pedro atendeu a porta, a Morte disse:

-Não se assuste. Não é com a senhora. É com seu marido.

-Meu marido está viajando.

-Ele devia estar aqui.

-Mas está viajando.

-Ele não se chama Pedro?

-Não, se chama Paulo.

A morte pensou um pouco e se foi para casa de Pedro Paulo. Havia uma grande festa lá – muita bebida, muita dança. A Morte foi direto falar com o aniversariante.

-Você é o Pedro?

-Sim, sou o Pedro.

-Então venha comigo – a Morte disse.

-O quê?!

-Vamos.

-Quem é você?

A Morte não disse nada. Só olhou para Pedro Paulo. Então ele viu que não era alguém fantasiado para a festa.

-Mas já?!

-Você sabe, pra morrer basta estar vivo.

-Não é justo! Eu mal fiz vinte anos!

-Isso mesmo. Minha missão, hoje, é levar um sujeito que se chama Pedro, com vinte anos.

-Mas eu também me chamo Paulo.

-Como?

-Eu me chamo Pedro Paulo.

-A Morte ficou na dúvida. Resolveu então voltar a casa de Paulo Pedro.

Não encontro ninguém.

-Estão querendo me fazer de boba - a Morte pensou.

Voltou a festa. Lá estavam os dois irmãos, muito alegres. Pensavam que a Morte tinha desistido.

A Morte olhou para eles. Mesma cara, mesmo cabelos, mesmas roupas.

Ela se aproximou.

-Quem é Pedro?

-Eu – os dois disseram – Pedro Paulo e Paulo Pedro.

A Morte nãp costumava se enganar. Nem pensava no assunto. Simplesmente sabia quem tinha que levar. Mas agora estava confusa.

Pedro Paulo se animou:

-Você não sabe qual de nós tem de levar. É melhor não levar ninguém, para não cometer uma injustiça.

-Vou levar os dois – a Morte disse calmamente. –Assim terei a certeza de que não deixei o irmão certo.

-Mas como?! E o errado?!

-Acidente de trabalho.

-Você não pode fazer isso.

-Posso, sim. Vocês nasceram juntos, morrem juntos.

-Não nascemos juntos.

-Não?

-Eu sou dois minutos mais velho que ele – Paulo Pedro disse orgulhoso.

-Então é você o Pedro que eu quero – a Morte disse.

-Como?!

-Ouça.

O relógio da igreja bateu meia-noite.

-Está na hora e seu irmão ainda tem dezenove anos.

E o tocou com a gadanha antes que ele tivesse tempo de se arrepender de ter falado.

Moral da história: "Quem fala demais da bom dia a cavalo."

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